quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desejo-lhe sonhos!

Ás vezes nós precisamos de uns choques. Ter aquela tensão de querer e ter um muro te impedindo de chegar com sede ao pote. Sim. Seria muito monótono querer tudo e ter tudo. O pote estaria sempre cheio, e nunca veriamos aquele sorriso meio maroto que aparece na face do menino assim que consegue encher mais um pouco do pote.
O pote estaria cheio de monotonía, tédio, cinzas e cheio de vázio. Desejo-lhe sonhos, meu amigo. Sonhos de todos os tamanhos, espessuras e cores. Desejo-lhe mais. Desejo-lhe um pote pela metade. Um pote com sede. E muitos sonhos. Desejo-lhe um livro de sonhos e um empurrão. Empurrão sim! Oras! Sei que tu ficarias esmungando por horas, dizendo que os sonhos são "grandes demais pra você". Já conheço essa história. Conheço também, aquela em que você finge ir atrás dos sonhos, mas dentro de você, você já está pensando no discurso que vai dar á você mesmo pra dizer que não conseguiu.
Saber que existem tantas pessoas desconhecidas espalhadas pelo mundo, tantos lugares incríveis para serem conhecidos, tantas novas sensações para serem sentidas e aproveitadas, tantos sorrisos intensos para serem vividos e tantos amores para serem guardados não o faz querer voar? Não o faz querer sair por aí, correndo sem destino? Não o faz querer tanto o sonho, que o muro seria facilmente digerido?
Desejo-lhe a vontade de saborear os sonhos e deliciar-se com cada um deles.
E quando alcansá-los, desejo que prepare a pontinha dos dedos, arranque um pedacinho e guarde na caixinha dos sonhos. Isso é pra você nunca mais esquecer que és tú o "grande damais" para eles.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Chora, menina!

Chora com força, menina! Vê se chora logo essa solidão tão cruel que tem te enoitecido. Chora logo este silêncio mal feito, que ainda deixa passar o som dos teus soluços. Chora logo, menina! Abra as portas e as janelas. Deixe a claridade entrar aí e vá ser feliz. Pare de olhar o vento balançando as folhas pela janela e vá senti-lo também. Pare de se ver tão pequena. Pare de deixar que um mundo louco te faça ser monótona junto com ele. E se tens vontade de mastigar um pouco de nuvem, permita-se entrar nos sonhos. Tem feito isso pouco. E isso tem te feito muito mal.
Mas agora você me olha. Me olha com uma cara de quem passou o dia todo dormindo e não conseguiu sonhar. Me olha com uma cara de quem vai ver a noite dormir e acordar, para ver se as estrelas lhe despertam um pouco de calma. Me olha com uma cara de quem precisa de um ombro para encostar de leve, mas só encontra uma cama e uns ursinhos doados que não conseguem passar as mãos de leve sobre os seus cabelos bagunçados.
Chora com força, menina! Mas chore baixo, para não acordar os passarinhos. E chore seco, para não inundar a cidade.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Distancia das coisas inúteis.

Ultimamente tenho tentado deixar as coisas inúteis um pouco de lado. Percebi um dia, que eu andava dando mais importância ás pequenas coisas do dia que me tiravam do sério, do que naquelas coisas surpreendentes, gostosas e que realmente contribuiriam para o meu crescimento. Confesso que tenho dificuldades com isso. Tantos detalhes "errados" do dia que parecem que só aparecem para que você grite e se sinta mal logo em seguida. E parece até impossivel ficar simplesmente calada, sorrir e engolir a falsidade. Mas o meu plano tem sido parar, respirar e lembrar de tudo o que é bom.
Quem mente é quem vai ser o inútil da história. Quem é sinico é quem vai perder o tempo fingindo. Quem é falso é quem vai viver sempre pisando em falso.
E quando deixamos a raiva dominar o nosso "eu", estamos nos amargurando mais ainda.
Portanto, agradeço pelo amor que ganho e pelo que eu pude doar. Agradeço por ter sede e ter quem matá-la. Agradeço por existir um livro da vida. Agradeço por ser livre para escrever o que quero. Agradeço por um novo começo que se aproxima. Agradeço pela chuva de ontem. Agradeço por aquele beijo e aquele abraço apertado que ninguém substitui. Agradeço por cada detalhe que vale muito mais do que qualquer coisinha sem valor.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Caixinhas de surpresas, nós somos.

Nós somos como caixinhas de surpresas. Tudo o que somos não passa de surpresa aos nossos olhos materiais. Ninguém nunca saberá o que se passa lá no fundo do nosso "eu". Ninguém sabe se hoje é o nosso dia de festa, de choros, de sorrisos, de enterros ou de mudanças. Na realidade, é como se todos fossemos cegos. Cegos mesmo. Cegos quando desprezamos aquilo que realmente deve ser admirado e tentamos mirar com os nossos dois olhos um corpo, uma pele ou uma roupa que nada diz sobre um outro coração.
Nós nunca saberemos ler um coração, sem antes, lermos o nosso. Nós nunca conheceremos um coração, sem antes, fecharmos esses nossos olhos tão enganados e tão injustos, e olharmos um pouco além do que está tão óbvio.
Nós somos como caixinhas de surpresas e, mesmo que muitas vezes a gente se esbarre em espadas e em quinas que surgem de repente, a gente se surpreende dia e noite com coisas que queremos, pra sempre, manter guardadas e seguras dentro das nossas caixinhas.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sempre o quis...

Pra falar a verdade, eu sempre o quis aqui. Sempre o quis pertinho e confortável perto de mim, ou -melhor dizendo- dentro de mim. Sempre o quis susurrando algo dentro da minha mente, que fizesse com que eu nunca te esquecesse. Sempre o quis com os abraços abertos e tão cheios de algo tão singelo e sincero, que só o que eu me permito querer é nunca fechar os meus. Sempre o quis fingindo ser imperfeito e tentando me convencer disso, mesmo quando você mesmo sabe que é perfeito pra mim e pouco me importa se não é pro resto do mundo. Sempre o quis aqui, fazendo com que eu sinta o meu coração. Mas antes, isso não passava de sonhos que vinham depois de uma tarde de filmes românticos, muito chocolate e pijama. Agora...Agora isso tem nome, querido coração.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eu...

Eu, um coração cheio de saudade. Eu, um pedaço de estrela. Eu, um gosto de liberdade. Eu, um cheiro de chuva seguido de abraço apertado. Eu, um amor que cresce. Eu, dezembro que começa. Eu, planos em andamento. Eu, sonhos altos. Eu, paixão não enjoativa. Eu, intensidade. Eu, café forte. Eu, batom vermelho. Eu, chocolates infinitos. Eu, beijo molhado. Eu, nós.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Encontros, reencontros e desencontros.

Vez ou outra fico pensando na vida. Na verdade, quase sempre fico pensando na vida. Até mesmo quando penso que não estou pensando na vida. Respiro vida, durmo vida, sorrio vida, choro vida, beijo vida, abraço vida, converso vida e vivo vida.
Dia desses, em um desses momentos em que pensei vida, fiquei pensando nos encontros, reencontros e desencontros. Acontece que são tão unidas ou "des". É tão sensível a linha que separa os três.
Os corações se desconhecem, se esbarram, se olham de mansinho, se gostam e se encontram. Alguns se perdem em outros e se desencontram. Outros se desencontram e depois, mais amadurecidos, se reencontram. E tem aqueles que se encontram um dentro do outro e nunca mais se desencontram fora. E pra tudo isso acontecer, na maioria das vezes, é necessário um simples olhar acolhedor ou uma amarga palavra de despedida. É necessário um ato, as vezes até pequeno, que vai mudar o espetáculo inteiro. E o mistério é nunca sabermos a palavrinha mágica para encontrar o mágico e conseguir fazer com que ele nunca se desencontre de nós. Aí é pura sorte, acaso ou destino... Ou puro mistério.

sábado, 20 de novembro de 2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sueños

Preciso lhe contar sobre o sonho, espelho. Não sei se se lembra, mas espero que entenda os nove minutos de atraso e que me perdoe. Depois daquela longa conversa em que nós dois percebemos o quanto somos parecidos, eu realmente senti que eu teria alguém que entenderia um pouco das minhas bagunças e que não faria questão de organizá-las, mas talvez de entendê-las um pouco mais. Como já deve saber, viajo bem longe nos pensamentos. Começo com os pequenos e quando percebo, eles já deram frutos enormes que me fazem perder a hora e o caminho de volta pro real. No caso, o meu caminho seria viajar, voltar pro real e ir sonhar, como o prometido. Me perdi um pouco na viagem e o resultado foi os nove minutos de atraso, que eu insisto em justificar aqui. Confesso que me culpei bastante por ter me atrasado pra sonhar. E espero que a tolerância do nosso castelo de sonhos, não seja apenas de cinco ou quatro minutos, mas que sempre possamos ter livre acesso para começarmos um novo sonho ou recomeçarmos os antigos. 
De longe eu avistei o tal castelo. Fui correndo, empolgada com o que via e cheia de expectativas. Acho que tinha vontade de sonhar logo, sonhar novo, sonhar alto e sonhar por dentro dentro. Quando cheguei um pouco mais perto, avistei três grandes portas. Todas elas tinham grandes placas que não diziam nada. Placas de silêncio e placas transparentes. O que queriam elas? Parece que as vezes os sonhos nos pedem que escutemos o silêncio tão bem e certamente ainda não aprendemos essa arte. Talvez por isso a escolha cega ao abrir alguma das portas. Resolvi abrir duas: a minha e a sua. E então, as três portas se abriram. E em cada uma delas eu avistei um estágio diferente. Na primeira, avistei lagartas no estágio de pupa. Pareciam quietas, mortas, preguiçosas e até assustadoras lá dentro. E quem escolheria sonhar com elas? Na segunda porta, avistei tais lagartas, fora de suas pupas e um tanto encolhidas. Agora elas que pareciam ter medo. Estavam extremamente diferentes de quando entraram em suas pupas. Foi quando abri a terceira porta e vi milhares de borboletas coloridas, movimentando suas asas e fazendo desenhos no ar, com uma delicadeza sem nome.
Não acharia outro ser tão semelhante ao nosso "eu". Em momentos tão encolhidos, em outros ainda um tanto agarrados ás bordas e quando pensamos que não, asas singelas e doces aparecem junto ao canto dos pássarinhos. Sonhei que éramos borboletas. Borboletas que sempre iniciavam um novo processo de "borboletagem"...

Ps: Dizem que as únicas cores que as borboletas enxergam é vermelho, verde e amarelo. Cuidado! Talvez os sonhos sejam mais reais do que parecem.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Chuva

Tarde da noite, chuva caindo sobre as ruas de uma cidade iluminada. Um frio tão forte que o casaco fino mal conseguia segurar. Nos postes, pequenos mosquitinhos que se aqueciam embaixo das luzes, dançavam sem sincronia em busca do melhor lugar. Os carros passavam jogando água nas calçadas e molhavam a moça que corria na chuva esperando chegar logo em sua pequena casa, que apesar de velha, era o único lugar aconchegante que podia imaginar. Lá do ladinho, estavam um cachorro e um gato, que a essa altura, já haviam esquecido suas desavenças e resolveram ajudar um ao outro, tentando entrar em equilibrio térmico. Uns outros, não tinham pra onde correr, e esperavam a chuva passar, embaixo de qualquer canto coberto. E enquanto isso tudo acontecia…A água ia se acumulando na superfície das ruas. Enquanto isso, alguém ia correndo no meio da chuva, sem medo…Com uma vontade imensa de viver. Ia tentando sentir o gosto das gotinhas da chuva que caía. Enquanto isso, com pressa…Alguém tentava viver tudo aquilo que ainda não viveu. Toda aquela água que caía do céu…Lhe dava uma vontade tão intensa de viver.


Ps.: Postado no "Mariposas Rojas" há 3 mêses atrás. Bom...Como estou postando pouco ( por falta de alguma coisa que eu ainda não descobri ), resolvi ir postando os meus "velhos escritos" que foram escritos em outros lugares fora do blog.
Ps².: Um beijo na testa e um abraço super apertado ^^

domingo, 14 de novembro de 2010

Sede

Sabe, eu quero respirar. Eu quero sentir o meu corpo trabalhando e o meu coração bombeando sangue para todo o resto de mim. Eu quero correr, correr, correr e encontrar um lugar pra descansar. Eu quero sentir a chuva batendo na minha pele e molhando todo o meu cabelo, sem me preocupar com os livros e com tudo o que é "alérgico" à água. Eu quero sorrir com alguém, sem parar. Mas, sorrir mesmo, sabe? Propriamente dizendo, eu quero dar gargalhadas altas, exageradas e gostosas com alguém. Eu quero um abração, longo. Mas, longo mesmo! Talvez um que compense todos os abraços que eu já quis receber e não recebi. Eu quero fazer tudo o que eu sempre quis. Eu quero viajar pelo mundo inteiro. Eu quero conhecer cada pedaço de mapa. Eu quero buscar a minha felicidade. Eu quero saltar de para-quedas. Eu quero ver alguém crescer. Eu quero aprender a dançar. Eu quero escrever um livro sem titulo. Eu quero assistir filme romântico em dia frio. Eu quero sentir que alguma coisa é de verdade. Eu quero respostas objetivas ás minhas perguntas. Eu quero ter menos dúvidas. Eu quero pular e gritar sem restrições. Eu quero viver. Eu quero plantar uma árvore em um lugar secreto. Eu quero casar antes de ter filhos. Eu quero ser importante pra alguém. Eu quero não mais terminar o que me faz bem, com medo de um dia me fazer mal. Eu quero fazer as continhas no final do dia e ver que os 86.400 segundos foram muito bem aproveitados e sentidos. Eu quero sentir profundamente o Senhor, no mais intimo de mim.
Eu tenho sede de tudo isso. Sede que não passa, e só tem aumentado. Sede... Sede mesmo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Seja bobo!

Não é que ele seja idiota. Não é que ele seja burro e muito menos inocente demais. Acontece, que pessoas de bom coração, são assim mesmo. Acham que o mundo inteiro também é. Confiam, porque são confiáveis.
Mas o mundo tem se enlouquecido. Os bons, agora são os bobos. Os bons, agora são os sem "esclarecimento". Os bons, agora são os que estão fora das "regras". E aí, ninguém quer ser bobo. Claro que ninguém quer! E então, todos preferem ser "espertos". Mas sabe...Me entristece muito. Me entristece ver tanta "esperteza". Me faz realmente querer viver só pra dentro e não sair mais.
Pra que viver tão pra fora, se é do lado de fora que precisamos lidar com tanta sujeira?
Sabe...Estou cansada de gente que grita, de gente que acha que sempre tá certa, de gente passando a perna em outra gente, de gente matando pra ganhar dinheiro, de gente fingindo ser simpático pra ser bem recebido, de gente tentando esconder o coração pobre e sujo pra conseguir enganar os que o têm demais, de gente de cara feia o tempo inteiro, de gente grossa sem motivos, de gente que não quer ver o bem, de gente que sai falando sem pensar, de gente que magoa outra gente e ainda diz que isso se chama "sinceridade". Sabe, me canso mesmo! Me canso, porque isso NÃO É E NUNCA FOI CERTO! E, felizmente ou infelizmente, eu não consigo me calar. E eu não quero me calar!
E todos os caminhos que tenho buscado, são os caminhos dos "bobos", dos "idiotas" e dos que estão fora das "regras", e me sinto muito bem buscando isso.
Cansei!
Estou indo viver aqui dentro... E se posso deixar um último pedido: Seja bobo, por favor!
Um abraço, dos mais bobos que possam existir.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Deixa pra lá

Ah, se quer saber, deixa pra lá. Pouco me importa o que vão falar ou o que vão pensar. Me importa menos ainda, que todas as intenções do mundo ao se aproximarem do meu corpo, não sejam a de conhecer o meu espirito ou alma. Por falar nisso, acho que é isso que falta no mundo. Um pouco de alma que consegue enxergar alma, sabe? Mas eu tenho tentado deixar pra lá, como se isso não fosse importante. Durante todos os dias que já viví, tenho me entristecido por essa falta de almas que não busquem bens e belezas de corpo. E tenho sentido vontade de conhecer almas que, pelo contrário, vivem para conhecer almas puras e brilhantes. Mas agora me decidi: Não mais me chatearei com isso. Tenho enchido minha alma ultimamente, e ela está feliz. Nunca esteve tão satisfeita, clara, segura e apaixonada. Minha alma nunca havia se sentido tão protegida e calorosa como agora.
Minha maior meta tem sido dar valor ás coisas que vêm da alma. Tem sido dar valor ao que nasceu para o bem e que não tem más intenções. E por isso, deixa pra lá.
Aquele que mente o que sente, aquele que finge ser gente, aquele que espalha o que mente, aquele que esconde as verdadeiras intenções e aquele que finge ser do bem, é quem vai perder um monte de coisas lindas que poderia conhecer. E que eu continuarei tentando mostrar.
Estou feliz. Sabiamente feliz. Descobri um novo mundo, que dentro de mim, eu sempre estive procurando. E toda aquela falta de "não sei o quê", tinha outro nome. Era um vazío de algo que ultrapassava qualquer coisa palpável aqui na Terra. E agora, estou completa por algo que eu nem conseguiria explicar. E então, o resto se tornou realmente resto.

Ps: hahahaha Ah.. Preciso compartilhar aqui, que passei na prova de redação lá do Cil *-* Era pra fazer uma redação e as 30 melhores seriam escolhidas. O próximo passo é a entrevista e mais algumas outras coisas. Se Deus quiser, tudo vai dar certo ^^

segunda-feira, 25 de outubro de 2010



"Heal my heart and make it clean
Open up my eyes to the things unseen
Show me how to love like You have loved me

Break my heart for what breaks Yours
Everything I am for Your kingdom's cause
As I walk from earth into eternity"

sábado, 23 de outubro de 2010

Ou tudo ou nada.

Continua sendo dificil falar de tudo o que guardo aqui dentro. Nunca um sentimento me pareceu tão familiar, a ponto de eu ser capaz de descrevê-lo. Talvez por isso não saiba descrevê-los. Pura falta de intimidade com o coração dos outros, e com o meu.
Talvez porque eu queira ser incrível, surpreendente, inovadora, extraordinária, apaixonante e maravilhosa na vida dos outros corações. Talvez porque eu queira eletrizar a minha própria vida. Talvez porque eu pense que um bom sentimento, quebra rotinas. Talvez porque a minha ideia de "amor" seja um tanto diferente das outras ideias. Talvez porque eu prefira ser nada, do que ser mais ou menos para outros corações. Talvez porque pra mim, seja necessário muito mais para sentir um coração de verdade.
E ai, quando percebo que não estou conseguindo quebrar rotinas e que todo o meu afeto não está sendo o suficiente para encher um coração, eu me fecho. Me fecho porque penso que tudo é de mentira, então. E eu não preciso de mentiras. Eu quero lidar com verdades e criá-las. Eu quero misturar a verdade aos sentimentos. Aos meus sentimentos. E misturá-los com algumas músicas de aventura, com algumas viagens pra bem longe e com beijos e abraços que simplesmente aconteçam.
Eu cansei de me sentir metade. Eu cansei de me sentir metade amada, metade apaixonante, metade alegre, metade importante, metade exagerada, metade engraçada, metade estúpida, metade útil, metade vivída, metade introvertida, metade eu e metade vida. Agora eu quero tudo inteiro. Eu quero me sentir inteira. Eu preciso me sentir inteira. De nada adianta ter um coração dentro de si e metade dele dentro de outro coração, se essa metade não consegue completar o outro e enchê-lo de vida.
Querido coração, se antes de conhecer-me, você pulsava da mesma forma que pulsa hoje e se a sua vida continua rotineira e monótona, e se novidades continuam lhe faltando e se o ar que você respira continua lhe trazendo a mesma sensação, permita-me dar o primeiro passo para a despedida. Eu quero a intensidade de sentimentos que venham da alma. Eu quero me sentir única e exclusivamente abraçada. E talvez isso de fato não seja possível nesse mundo.
Vou tentando voar aqui dentro, fingindo que as asas já funcionaram um dia. Fingindo que me sinto parte de tudo isso. Vou tentando voltar á rotina de antes. Abrindo todos os livros que sempre foram lidos pela metade e tentando finalizá-los de uma vez por todas. Esse é o primeiro passo simples para conseguir preencher tudo o que falta para ser inteira.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

E as aspas?

Nesse meu mundo das palavras, é permitido roubar tudo, desde que se acrescente o nome de quem as agrupou e as aspas. Não se esqueça das aspas. Elas que vão mostrar que a sua intenção era apenas pegá-las emprestado.

Ps: haha Feliz Dia do Poeta, queridos poetas! ^^ No final das contas, todo mundo é poeta da própria vida.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A gente muda



Eu sou de fases mesmo. Pode acreditar, isso é extremamente normal. Não tente mais uma vez, me pedir alguma espécie de manual, pois não o tenho em mãos e em mente. Mente quem diz que tem. E no final, todo mundo mente. Mas todo mundo é gente, todo mundo sente...Todo mundo esconde o próprio manual deles mesmos.
Mudo mesmo. Mudo as cores que já me enjoaram, mesmo que sejam essas as cores da moda. Mudo os objetos de lugar, mesmo que eu os volte para o mesmo lugar que estavam ontem. Mudo os nomes nos documentos que reinvento. Mudo as letras que até então sempre foram escritas da mesma forma. Mudo os favoritos. Mudo o jeito de andar e o de sentar na cadeira do ônibus. Aí eu tento inventar um jeito menos desgastante para respirar, sabe? É que me corrói parar no meio da vida, e ver que eu fiquei quase um dia inteiro, sem sentir que estava respirando. Ou sem sentir que havia sorrido, falado alto, baixo e até gritado um pouco em uma hora de estresse. E aí, eu saio mudando o olhar que lanço sobre as coisas. E o que antes eu achava horrivel, vai me mostrando que nada na vida é bom ou ruim por completo. Nada mesmo! E aí eu vou aprendendo a aceitar algumas coisas na vida e a criar forças pra mudar outras.
Não é fácil ter tantas dentro de uma. Não é fácil ter uma "insatisfação" especial dentro de si e muito menos se incomodar o tempo inteiro com o que é errado, por mais que o erro não seja com nós mesmos. É difícil ser o que ninguém entende. Mas sabe...Talvez estejamos no caminho certo para descobrir a felicidade e o valor do mundo. Mesmo que os gostos mudem com frequência, mesmo que as tristezas nos pareçam bem mais intensas, mesmo que as indignações sejam bem claras, mesmo que a insatisfação seja frequente...É isso que nos dá força para lutar lá fora. Porquê dentro de nós mesmos, lutamos dia e noite com o que descobrimos, queremos e sonhamos.
Os cabelos nunca manterão a mesma cor, os humores nunca serão iguais, as lágrimas nunca serão pelo mesmo motivos, as rosas nem sempre nos agradarão, o chocolate nem sempre será doce e o que nos estressa hoje, talvez amanhã, seja motivo para sorrisos. Isso tudo, é uma busca desenfreada e toda cheia de sede, pela vida. Você sentiu todos os abraços que deu hoje?

Ps: Por favor, busque no dicionário o significado da palavra sentir. Ando meio cansada por ninguém saber o que é isso.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Acho que eu parei de procurar, pra tentar me ver como a tal árvore, sabe? Pelo menos a minha felicidade e os meus sorrisos, moram em mim e eu tenho que planta-los em mim. Não é papel de mais ninguém e de nada, servir como "terra de aluguel" pra eu plantar a minha felicidade. Eu posso simplesmente, pegar os sorrisos que plantei em mim e tentar doá-los pra outros. Eu parei de fingir que minha felicidade depende somente do mundo. Por isso, parei de procurá-la nos outros. Ela tá dentro de mim, e muitas vezes ela acorda, volta a dormir e acorda de novo. Mas agora, é quando ela mesmo quer. Porque todas as vezes que eu tentava depertá-la de dentro dos outros, a procurando feito louca, eu nunca a encontrava. Sei lá. Resolvi usar a mesma tática que uso comigo. Enquanto eu tenho liberdade para ser quem eu quero ser, eu sou. Mas quando tentam ditar as regras do jogo, exigindo o que eu não posso ser ou o que vai contra os meus principios, ou até quando me procuram demais, eu simplesmente não sou. Sumo por aí e finjo que nem é comigo. Dei liberdade á felicidade e ela acabou virando minha amiga. Temos acordado juntas, dormido juntas e até os meus sonhos têm deixado de ser pesadelos. E tudo isso porque ela também se sente menos sufocada do que quando eu corria atrás dela. Ela ficava se escondendo, simplesmente pra poder respirar. 

Ps: Henrique Leto, foi resposta ao seu comentário. hoho

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Não procure

Sempre fui do tipo que saía procurando tudo. Inclusive do tipo que saía procurando o que procurar. Parece que eu já acordava querendo encontrar no mundo real, aquilo que não passava de um sonho mal pintado, com umas pitadas de arco-iris mal colorido. Claro...Sempre fingia acreditar que o que eu encontrava era mesmo aquilo que eu assistia nos meus sonhos. Mas sabia que no final, era eu quem inventava e enchía de máscaras a realidade, para que ela se parecesse mesmo com o que eu estava procurando.
Atrás das portas, embaixo dos tapetes, atrás das cortinas, encima dos ármarios... Todo esconderijo sempre foi descoberto, e confesso: foram descobertos com total facilidade.
Era assim: Eu inventava algo novo para procurar. Eu mesma inventava algo para procurar e fingia não saber aonde encontrar. Isso mesmo! Fingia. Porque no final das contas, eu sabia exatamente aonde procurar pra que fosse encontrado. Previsível demais para alguém que adora novidades. E por isso, procurar e inventar algo para ser procurado, foi perdendo a graça. Foi virando hábito, rotina boba que eu comecei a não suportar.
Sair procurando o mundo -ou seja lá o que for- não é muito bom. Ele parece que vai se escondendo cada vez mais do nosso mundo, como se estivesse com medo da gente. A gente procura, procura, procura e no final, por não saber muito bem o que procuramos, acabamos pensando que qualquer coisa é o que procurávamos. E então, nenhuma felicidade perdura. Porque depois de um tempo, a gente descobre que era tudo ilusão. Tudo não passava de fantasmas inventados pelo desespero de encontrar algo novo, que provocasse novos sorrisos ou pelo menos novas caras na monotonía do conhecido. E no final, bem no fundo daquele lugar que pulsa dentro de nós, sem parar, a gente sente que, mesmo com todos os "perdidos e achados", continua o sentimento de inacabado e de incompleto. E ai, não adianta nada procurar pra achar a coisa errada.
Mas então...Cansa-se da procura. Comigo foi assim. Cansei de procurar demais. E, por isso, parei de procurar demais. Percebi que eu passaria a vida inteira procurando algo na minha frente, enquanto o que eu precisava encontrar estava do meu lado, simplesmente. E por mais dificil que fosse o ato de não procurar, eu resolvi que assim seria. Resolvi viver escolhendo as opções que a vida me oferecia. Resolvi não inventar amores somente pra ter algo a encontrar. Resolvi não me apegar às coisas, somente para dizer que as encontrei.
Foi nessa hora, quando ninguém mais me ouvia procurando nada embaixo de nada. Quando eu havia esquecido do que era procurar os sorrisos. Foi nessa hora que eu encontrei. Ou melhor, me encontraram. Foi quando eu não procurava nada. E agora, só agora, eu percebi que no final mesmo, foi o amor e a felicidade que me encontraram. Os verdadeiros! São os meus sonhos pintando a realidade e desenhando o meu sorriso no rosto. É quando a gente não procura, que vêm os sorrisos realmente verdadeiros.

domingo, 26 de setembro de 2010

Titia coruja *-*

Dia 26 de setembro de 2010.
2:40 da madrugada, nasce o Eduardo lindo da titia.
2:58 da madrugada, nasce o Bernardo lindo da titia.
              Quanto amor em um só dia!

sábado, 25 de setembro de 2010

Pessoinhas

Quando pequena, pensava que as luzes que via lá longe, do outro lado do morro, eram pessoinhas que haviam aprendido a brilhar. Pra falar a verdade, até hoje não penso que são apenas umas gotinhas de eletricidade, que tentam iluminar o céu das casas e das ruas, fingindo ter alguma semelhança com a lua que acende o mundo inteiro, lá de cima. São pessoinhas sim! É pessoinha tão forte, tão forte e tão forte, que deixa claro o dia inteiro, pra gente poder trabalhar e estudar tranquilos. E quando, silenciosamente, o dia é pintado todo de preto, as pessoinhas se dividem. Cada pessoinha vai pra um canto, e fica lá, sem se movimentar, só iluminando as ruas e vielas, e o quarto do menininho que morre de medo do escuro. Fica uma pessoinha lá, pronta para iluminar o céu, que muita gente, ao derramar lágrimas escuras, não pôde enxergar.

E ai eu percebia que as pessoinhas ficavam se apagando e acendendo toda hora. Em questão de segundos. Não sabia bem o porquê, e nem sabia a quem perguntar. Pensei em mandar uma carta, jogar pro alto e ver no que dá. Mas talvez elas tivessem as patinhas quebradas, assim como o passarinho que uma vez, eu tentei forçar pra que voasse. Caiu no chão na mesma hora e nem soube o que cantar. Simplesmente, não cantou. Pensei em gritar, mas sempre me diziam que meus gritos nunca me fariam chegar a lugar algum. Não soube o que fazer. Nunca soube. E não pense que inventarei um final sem interrogações pra essa história, porque não inventarei. E, mesmo se houvesse entendido o porquê delas ficarem piscando, não desvendaria o mistério assim, como se fosse mágico iniciante, empolgado com uma nova mágica aprendida.
Sei que não é explicável a sensação, de quando a noite chega e eu olho lá longe, aquelas pessoinhas. Fico boba. Balançando a mão em movimentos rápidos de uns 180º. Indo e voltando. Falto abraçar todas as pessoinhas, e encaixá-las lá no céu, que é o lugar delas.
E quando as via, piscando feito pessoinhas alegres e brincalhonas, eu pensava: Minha nossa! Será que um dia, eu vou estar lá, junto com elas? Será que um dia, vão me olhar brilhando assim e sorrindo tanto?
Ainda há o mistério de todas aquelas pessoinhas. Alguns dizem que aquelas luzes que vemos de longe, são simplesmente as luzes das casas, dos carros e dos postes. Mentem assim, no maior cinismo.
Mas, mal sabia eu, que lá longe, as pessoinhas também olhavam pra mim, como o mesmo olhar com o que eu as olhava. Com a mesma admiração e com as mesmas perguntas. Sentiam-se bem quando me viam e, me viam piscando o tempo inteiro. E lá longe, as pessoinhas me viam como pessoinha. E eu aqui, as via como pessoinhas.
Fico sonhando com o dia em que nós, serenamente, olharemos para o nosso baú de sonhos e enxergaremos, lá no fundo, uma multidão de pessoinhas alegres, sonhadoras, esperançosas, fortes, honestas e de bom coração, que guardamos dentro de nós. Será que um dia, as pessoas perceberão que são pessoinhas? Que são o céu que contemplam e todas as coisas que lá existe? É tão bonito, um bando de pessoinhas juntas. Sei lá... Fica uma alegria sincronizada, apesar da bagunça.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cora Coralina

Me fez encher os olhos de emoção, brilho e água com sal, seguido de um sentimento de não sei o quê.

Humildade
"Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa."


( Cora Coralina )

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

INCLUSÃO

As diferenças que nos tornam iguais.

Seria mesmo hipocrisia dizer que todos somos iguais. Não somos. Nunca fomos iguais e creio que nunca seremos. É o mesmo que dizer que a maçã tem o mesmo gosto do morango ou que todos os felinos têm que ser da espécie dos gatos.
Acontece que o mundo inteiro insiste na ideia de que todos devem ser do mesmo jeito. De que todos devem usar as mesmas roupas, ter a mesma cor de cabelo, ter a mesma religião, frequentar os mesmo lugares, ter a mesma cor de pele, pertencer a uma determinada classe social, ter o mesmo celular do momento, gostar de um único estilo musical, ter o mesmo jeito de andar, ter o mesmo jeito automático de movimentar os braços e o mesmo jeito alienado de olhar o mundo. Acontece que o mundo inteiro ainda não se deu conta, de que tudo isso que eles cobram que deveria ser uniforme, é secundário demais pra ser discutido. É bobo e inútil demais pra ser discutido. Não devem saber ainda, que pouco importa a cor da pele ou o traje que nós carregamos. O que importa mesmo, é a bagagem de dentro. Aquilo que ninguém vê e por isso, tentam encontrar um jeito de diminuir alguns e exaltar outros, com o que acham que enxergam.
Acontece também, que o mundo inteiro perde tanto tempo julgando aquilo que os olhos cruéis enxergam, que acabam não se dando conta de que o mundo está apodrecendo em preconceitos. Mas se ao invés de perdermos tanto tempo pensando em qual cor de pele é mais ou menos importante, ou em qual é o perfil que deveriamos mais respeitar, começassemos a cobrar um perfil ético e moral descente, garanto: o tempo seria muito bem gasto e as pessoas muito mais felizes. Pelo menos ofendidos, não seriam.
Por favor, não seja um falso moralista. Se você consegue ver um irmão passando fome e não é capaz de ajudá-lo e mesmo assim, consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente, é o mais imoral de todos. E ai meu caro, não importa a tua cor, não importa a tua religião, não importa a tua vestimenta e muito menos a sua posição diante das classes econômicas do capitalismo, você será mais miserável do que ele e do que todos os outros que você julga ser digno de pena.
Por favor, exija bom caráter. Só ele pode acabar com as cicatrizes que podemos causar nos outros. Por favor, esqueça o preconceito das cores claras ou escuras. Elas ficam tristes e se descolorem por saber que são usadas pra ofender. Por favor, lembre-se de ajudar o mundo e, antes que me perguntem como, já deixo claro que um copo de água já ajudaria. Por favor, não pense que alguém escolhe ser "sujo", ser pobre ou ter nascido na rua.
Porque apesar das claras diferenças, somos todos iguais. Merecemos o mesmo respeito, as mesmas condições, o mesmo tratamento e a mesma compaixão. E no final, ninguém vale mais e nem menos que ninguém.
Por favor, paremos de esconder os raios do sol que alguns nem chegaram a conhece-los. Sei que se o conhecessem, se surpreenderiam tanto, tanto e tanto, que até aprenderiam a ser felizes. E quem somos nós, pra esconder a felicidade das flores?

Ontem foi o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Os apoio de todo o coração. Espero mesmo que o lema seja a "inclusão" em todos os sentidos. Que "inclusão" não esteja apenas estampado em nossas blusas ou naquilo que falamos e pouco sentimos. Que realmente possamos todos, destrancar os nossos corações e começarmos a ver o próximo, como um irmão. De fato, é aí que começa a primavera. ^^

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Teatro Mágico







Foi o show mais lindo que já fui! :) O Teatro Mágico ficou o dia todo na minha cabeça hoje, portanto, enchi o blog com videos deles. Baisers :*

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Esse amor

É que quando a gente se apaixona por Deus, tudo começa a se apaixonar pela gente. Inclusive a vida.
 É como se esse fosse o segredo para vivê-la. O segredo para realmente vivê-la. É como se esse fosse o segredo para não só estar aqui, aonde estamos, mas para viver e sentir tudo isso que somos. E tudo o que um dia nunca foi passivel de sentido, agora é.
As sensações vividas chegam a ser mais intensas e inexplicáveis, tal como deve ser o que chamamos aqui, de amor. Não seria esse (o amor), o conjunto de todos os sentimentos bons, que geraria uma sensação chamada amor? É que com Deus, a sensação parece sempre ser essa: de um constante amor, que nunca ameaça ir embora.

Ps: Comecei a ler "Os miseráveis" hoje, do Victor Hugo. Ojalá sea bueno. õ/
Ps²: Eu vou ter que dedicar todos os "Ps" pra Ranny, não tem como, rs. Obrigada de novo Ranny! *-* Vi outro textinho meu no seu perfil, e mais uma vez fiquei super alegre. Não tenho como agradecer á altura, portanto, obrigada. E obrigada por falar de mim no seu twitter e por não hesitar em mostrar o blog *-* ( Espero que dessa vez você não esteja triste. E se estiver, espero que não fique mais)
Ps³: Ainda tem outros "ps", mas completo quando eu chegar do Francês :/ Baisers

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Gostar

As confusões voltaram...E agora estão me dizendo para esquecer um coração e fingir que o meu também nunca existiu. Estão me dizendo para apagar os personagens que quase não são visiveis, do meu livro preferido. Mas quem disse que tenho essa borracha?!
 As confusões não sabem, que deixar pra trás a felicidade, é o mesmo que fingir que não existe vida. Não. As confusões não farão o meu amor perecer. Não dessa vez. Por favor!
 Não me farte de bagunças a cabeça. Meu coração anda sorrindo, pra cima. Com medo de tremer demais ao encontrá-lo, e cair no chão, sem chão. Mas, instável como é, tem medo de não acreditar que é mesmo tudo de verdade. E se não for? E se for? E se eu resolver acreditar que tudo foi truque de mágico experiente? Ai tudo se desfaz, com a mesma mágica e o mesmo toque com que começou. Cansei do espetáculo. Eu não nasci pra ser livro fechado. Quem quiser ler, que leia. Mas, que saibam antes, ler nas entrelinhas. Que saibam antes, interpretar cada letra que nunca vai ser o que simplesmente parece. Mas que no final, todos os caminhos, leitores, autores e personagens, levem aos sorrisos e ao amor. Esse fruto sim, é o que sempre esteve maduro.

Um balde, uma agulha e uma linha.

Chamaram-lhe pelo nome. Havia uma certa urgência nos mais diferentes tons de gritos e logo foi pensando em um jeito de manter-se calma. Pra falar a verdade, ela não conseguiu. A vida um dia, havia feito com que ela acreditasse que só existiam gritos de pânico. E aparentemente, a reação mais sensata, era entrar em pânico junto com os tais gritos. Ela era assim, até então. Sempre esperava uma dor, por trás de um sorriso. E quanto mais alto fosse o sorriso, mais tentava se preparar para o que estava por vir. Mas por favor, não a julguem por esses atos passados. Ela nunca escolheu ter que cair dos sonhos e sempre começar tudo de novo. Mas era fato que quanto mais escalava os galhos da árvore dos seus sonhos, mais longe ele ficava. E aí, ela se esticava todinha, tentando pegar o fruto que parecia não querer ser colhido. E quando ela pegava o fruto - opa - ia ela, batendo a cabeça em todos os galhos da árvore, até cair no chão novamente.
Mas repito: Chamaram-lhe pelo primeiro e pelo segundo nome. E ela nunca havia se sentido tão importante na vida. Sentia, como se sentisse uma música pura e tranquila, todos os tons de voz e toda a doçura de todos que a chamavam. Saiu correndo, sem saber o que fazer. E ouviu lá no fundo alguém que dizia: "Por favor, não se esqueça do balde, da agulha e das linhas cor de pele! Por favor, corra!". Preferiu não desobedecer. Pegou as coisas e foi correndo pra rua. Quando viu aquele aglomerado de gente esperando por ela, só por ela, mal soube o que pensar e por isso, não pensou. Todos foram abrindo o caminho para que ela pudesse passar, até que chegou ao centro da roda. Foi quando viu algo semelhante a um espelho, lá no meio. Não era possivel ser ela mesma lá na frente, abraçando um coração que se pudesse, passaria a eternidade admirando. Mas era. Era ela! E um senhor chegou de mansinho e disse: "A senhora havia perdido as chaves?!". Ela, confusa, respondeu-lhe:" Quais chaves, senhor?". Ele: "As suas chaves. As chaves que trancaram as portas e as janelas que, todos os dias, os sonhos, as esperanças, o amor, os sorrisos e a felicidade tentavam entrar. Mas agora não importa! Não precisamos de chave. Vamos costurá-los em você."
 Pegaram-na pelos braços, e cuidadosamente, fizeram um pequeno corte perto do peito. Encontraram ali, um coração todo assustado, e colocaram logo todos os sentimentos que faltavam. Não colocaram pitadas de nada. Colocaram muitas pitadas de cada sentimento bom. E costuraram todos ali, sem que tivessem saída. Para isso servia a agulha e a linha cor de pele. Descobriu o grito de felicidade e anda sorrindo, de dentro pra fora. E até vê que cair dos sonhos, fez com que fosse adquirindo prática pra colher os frutos na hora certa, quando estivesse realmente preparada para comê-los.
Dois menininhos quebraram o silêncio e perguntaram, com voz suave de criança: E o balde?! Pra que era mesmo o balde?
Incrivelmente, a moça já sabia o que fazer com o balde. Se sentia tão feliz e tão completa, que precisava dividir essa felicidade com o mundo. Ia deixando transbordar alegria, pra quem quisesse tomar o mesmo banho que ela.

Ps: Ontem fez um ano de blog *-* E nem consigo dizer o quanto me faz bem escrever.
Ps²: Eu acho que não sei mais como é ir pra escola. Alguém pode fazer o favor de me ensinar?! rs
Ps³: É isso. Vou ir estudar algumas coisas antes de ir pro inglês. Baisers e fiquem com Deus.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Serenata de Amor :D



"Segundo alguns psicanalistas quando se apaixona, você não se relaciona com alguém de carne e osso, mas com uma projeção criada por você mesmo; e a projeção que fazemos é a de um ser absolutamente perfeito. Mas depois de um período a projeção acaba, e você passa a enxergar de verdade a pessoa com quem está se relacionando. Invariavelmente, algumas virtudes do parceiro ou da parceira vão embora junto com a projeção, outras ficam .. e se o que ficou de cada um for suficiente para os dois, a relação perdura, caso contrário ninguém sabe o que faz o botãozinho ligar e iniciar uma nova projeção."

Ps: E não é que é a mais pura verdade?! ;D

Rita Apoena

Olá, meus queridos Baisers. ^^
Hoje estou em uma super correria para organizar toda a bagunça acumulada que tem me deixado bastante agoniada. Mas resolvi dar uma passadinha por aqui. Não tenho muito o que falar (ou tenho bastante), mas tudo o que eu tiver que escrever, escreverei mais tarde, quando tudo já estiver sincronizado.
Bom...Eu vim aqui agora, pra apresentar a vocês, uma ótima escritora que um dia me apresentaram. Ela não é muito conhecida entre as pessoas, pra falar a verdade, ela é pouquíssimo conhecida. O nome dela não é Fernando Pessoa e nem Clarice Lispector, mas seu talento é tão admirável quanto. Vou contar como a descobri, antes de tudo.
Tenho uma irmã mais velha, pra quem ainda não sabe. E querendo ou não, acho que sempre tivemos o gosto bem parecido em certas coisas. Então muitas das coisas que gosto hoje, eu descobri através dela. Posso citar umas mil coisas que adoro e que talvez eu nem conhecesse, se não fosse por ela. Enfim, com a Rita Apoena não foi diferente. Foi a minha irmã quem me apresentou. Rita Apoena era escritora de blog. Pintava suas palavras nessas telinhas e, quem teve a oportunidade de acompanhar cada uma dessas obras de arte diariamente, deve ter tido o coração colorido por ela também. Infelizmente, quando a descobri já era um pouco tarde. Ela desfez seu blog e só restam alguns poemas que encontro pela internet, que já é o suficiente pra eu admirá-la e para dizer que ela é uma inspiração de sonhos, e isso faz com que as palavras até fluam de maneira mais fácil e dócil. Fico extremamente feliz por ver que na internet existem pessoas que nos fazem felizes com algumas palavras brotadas no coração. Uma tentativa alcançada, de brotar florzinhas no coração dos outros.
Uns de seus escritos:
"Alguns escrevem pela arte, pela linguagem, pela literatura. Esses, sim, são os bons. Eu só escrevo para fazer afagos. E porque eu tinha de encontrar um jeito de alongar os braços. E estreitar distâncias. E encontrar os pássaros: há muitas distâncias em mim (e uma enorme timidez). Uns escrevem grandes obras. Eu só escrevo bilhetes para escondê-los, com todo cuidado, embaixo das portas." ( Rita Apoena )

"Deitada na grama, o céu empoeirado de estrelas. Passei o dedo e - curioso - algumas vieram grudadas na ponta. Olhei para cima e assoprei. Foi tanta estrela caindo que agora eu mal consigo enxergar de tanta esperança."

"Quem não compreende o silêncio ainda não está pronto para ser flor."


Ps: É isso, rs. Agora vou arrumar a minha bagunça, antes que eu desanime e perca a coragem que hoje está beeem forte. ^^ Até mais tarde.

domingo, 22 de agosto de 2010

O vazio anda se enchendo.

Já é tarde da noite pra alguém que terá um dia cheio de corridas e desapegos, quando a noite resolver dormir. Em outros casos, estaria dormindo e sonhando com aquilo que sonha acordada, e que não quer perder de vista ao fechar os olhos, por isso sonha com o que quer sonhar. Mas hoje não. Hoje não poderia deixar de pintar as letrinhas que viu mais cedo, no coração de outra menina - talvez a que more dentro dela.
Foi bem rápido e incomum. Nessa linguagem, ninguém entenderá, mas os desafiarei a compreender-me ou não. Foi como se a menina estivesse em um quarto, e a luz estivesse sendo apagada e acessa, alternadamente, em poucos segundos. A menina pouco entendia tudo o que estava acontecendo, mas sabia que algo estava dando certo ou errado. Quando me dei conta, a menina estava tremula por dentro, como se estivesse sobre ela, agindo uma outra força ou voz. Aquelas palavras hoje, tocaram a menina, em um lugar quase fundo, que quase a moveu. Ao contrário de ontem, que não conseguiam tocar os lugares mais superficiais que a habitavam. Fechou os olhos desesperadamente e se viu correndo por entre todos os corações, e inundando toda a cidade com suas lágrimas incontroláveis, que hoje não eram de tristeza e nem de alegria. Eram lágrimas diferentes. Eram lágrimas de limpeza de espirito. Eram melhor que lavar a caneca suja com detergente ou algo mais potente. As lágrimas eram de limpeza profunda. As lágrimas eram para tirar toda a sujeira de dentro da menina. As lágrimas eram de aceitação. Sim! Ela o sentiu! Ela o sentiu hoje! Ela o aceitou! Ele a preencheu! Ela o sentiu dentro de si! Não me refiro a nenhum homem não. Não me refiro a nenhum mero homem, que não poderia nunca, vir a ser o dono e o único motivo de minha felicidade. Me refiro ao vazio...Aquele vazio que um dia, eu pensei que nunca seria preenchido. Me refiro ao vazio que hoje, só hoje, eu senti que não mais existe. Agora sim, eu me sinto parte da menina. Agora sim, os abraços começaram a abraçar-me com força. Obrigada!

Ps: Hoje eu senti os meus lindos mecherem o dia inteiro. É tão lindo imaginar que dentro de uma barriga, a mãe dá forças e alimentos, para que daqui a uns dias, um ser humano já tenha tido o curso completo de como sobreviver por conta própria.
Ps²: Diz o Paulinho: "Vamos começar, colocando um ponto final". Então vamos! Que fique a linda e aveludada voz, do meu querido Moska, que eu não consigo parar de escutar.
" Vamos acordar. Hoje tem um sol diferente no céu. Gargalhando no seu carrossel. Gritando nada é tão triste assim"
Pspecial: Aos dois abraços mais lindos e apertados de hoje!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Alivio

Alivio é o melhor sentimento do mundo. Deveria ser casual. Mas eu, com a minha manía de inventar os meus prazeres, vou logo colocar o relógio para despertar no meio da madrugada, para entristecer-me com a hora do acordar para continuar dormindo durante todo o dia e logo em seguida, perceber que é sábado e que por acidente, o relógio despertou no dia errado. Agarro os meus braços, na ausência de outros e volto a dormir, como quem acabou de ver anjo com asas. E alguém, um dia, já disse que a gente não pode inventar os nossos próprios sorrisos?!

Ps: AAAAH! Eu quero Los Hermanos dia 16/10 em Fortaleza!!! :( Me leeeeevem! :(

Peça coringa

Aos poucos, ela vai andando. Aos poucos, vai encontrando aquilo que nunca procurou, mas que sempre quis encontrar. Um paradoxo, eu sei. Mas pra ser bem sincera, o defeito da menina sempre fora o oposto disso. O defeito da menina sempre fora guardar, antes de encontrar. E isso resultava em uma única coisa: Guardar a coisa errada, no lugar errado e de uma forma errada.
Quando se é uma garota assim, nada é durável. Quando se é uma garota que guarda antes de encontrar, tudo vira descartável, inclusive o lugar onde se guarda todas essas coisas desencontradas. E quando se é uma garota assim, tudo um dia, vai ser digno de ser apaixonável. Aquela pessoa que todo mundo despreza, aquele gatinho que sempre é trocado pelo cachorro, aquela caneta velha e quebrada, aquele celular antigo e quase morto, aquele livro de literatura nada popular e aquele filme que ninguém entende, mas que você acaba adorando. Quando se é uma garota assim, as coisas tem total encanto à primeira vista. Mas...O tempo é cruel. Não perdoa nada. E então...Quando se é uma garota assim, o tempo faz questão de tirar o brilho das coisas. E lá vem a garota, observando outras coisas pela primeira vez. Coisas essas, que com 9 dias perdem aquele encanto inicial, e formam pontes para novos recomeços. A garota parece criança em vitrine de loja de brinquedos. Insiste, insiste, insiste no primeiro brinquedo que vê, e quando consegue, corre pra pedir outro que pareceu mais divertido. Agorinha a pouco, descobri que venho descobrindo algumas peças do quebra-cabeças desse tipo de garota quebra-cabeça. A primeira peça diz: Não dê o brinquedo quando ela insistir. Simplesmente isso, não dê. Você tem duas simples decisões. Você pode dar o brinquedo, vê-la sorrindo por uns dias e depois, ver em sua face, a vontade de largar o brinquedo pelo quintal e o medo de que o brinquedo fique triste. Ou, você pode nunca dar o brinquedo, fingir que não quer dar o brinquedo, e vê-la pelo resto da vida, querendo o tal brinquedo. Sei...Também vejo complicação no manual da garota. As peças estão espalhadas por todos os lugares do mundo. Mas me disseram que uma única, que está dormindo ao lado do coração de alguém, pode fazer todas as outras serem insignificantes ao seu lado. Chamam essa única, de coringa. E essa, é peça rara.

Ps: Hoje fui buscar o nosso prêmio no Câmara Ligada, hoho. Foi engraçado! Nunca vou esquecer do Gabriel indo até o palco, agradecendo com seriedade e quando pensamos que não, o Gabriel apenas diz: Nossa! Eu só pensei que a câmera fosse maior, mas tudo bem. UAHUAHUAUHAUHAHU Ri mais do que te ver de vestido e salto alto *-* rsrs xD Enfim... Uma câmera pequena pra escola, já está de "bom tamanho", rs.

Ps²: Tenho rido muito com certas coisas que a internet me proporciona! :D Ver a capacidade pro ridiculo que alguns seres tem, é incrível e me dá medo ;D Enfim.

Pspecial: AAH! Quero mandar um beijo no coração de uma menina super, hiper, mega fofa! Rannyelle! Acho que te devo os meus agradecimentos oficiais, por ser tão fofa com tudo o que escrevo. Você sempre me fala quando gostou de algo aqui, da minha caixinha de "sei lá o quês", e eu queria dizer que fico feliz sempre quando faz um comentário sobre os textos que gostou ou não. Fiquei suuper orgulhosa de ver um texto meu no seu perfil, com o nome do blog e agora, um com o meu nome ^^ Obrigada por ler e, eu espero que sempre um textinho ou outro, toque o seu coração. ^^

Ps³: Boa noite amís! '0' Vou ir ler meus queridos livrinhos que me esperam, escrever um pouco nas folhas, tomar o chá de costume e me agasalhar direito. BAIIIISERS, no coração!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A parte boa da parte ruim

Não. Não está um frio cortante lá fora. Aqui dentro também está. Tão cortante quanto navalha nova e bem afiada, que não tem piedade de cortar os que são de carne. Mas eu, tão afiada quanto, logo dei um jeitinho rápido e aconxegante, de me divertir com o frio que eu, na maioria das vezes adoro. Acordei um tanto cedo demais, como sempre. E talvez isso que me faça andar com a postura errada o dia inteiro, dormindo em qualquer ponto parado e desconfortável em que eu esteja. Não estou reclamando disso, vai! Mas, os meus sonhos parecem ficar mais interessantes quando o relógio do celular desperta e quando estão nos 5 minutos finais do segundo tempo. Mas enfim, graças a Deus eu acordo todos os dias pra viver.
Voltemos a falar do frio e do dia. Acordei gripada. Como de costume, meu organismo vai enfraquecendo aos poucos, e a medida que vai ficando fraco, vai juntando forças pra acabar com o vírus de uma vez. Talvez tenha aprendido isso comigo, ou eu com ele. E enquanto ele vai se munindo e criando estratégias para vencer, eu fico aqui, mole e dolorida, parecendo criança esquecida quando está morrendo de sono, que não sabe aonde fica, pra onde vai e nem o que fazer. Meu corpo está mole, minha cabeça está rodando, eu morri de frio o dia inteiro, tive vontades de espírrar ( na maioria das vezes era alarme falso ) e minhas amigdalas estão enormes. Sei! É tediante ler em um blog como esse, coisas sobre os sintomas que a autora anda sentindo quanto a gripe. Mas, na verdade, estou falando isso, pra poder falar de outra coisa. Queria falar a parte boa do dia, a parte boa de mim, a parte boa da vida e a parte boa dos sorrisos. Queria falar a parte boa, da parte ruim.
Existem horas simples como essas, que Deus nos dá a oportunidade de vermos o quanto somos amados e queridos, por quem quase nunca nos diz isso. Tenho aprendido a ler o amor nas entrelinhas. E tenho me preenchido com isso. E hoje...Durante esse dia todo, vi certos olhares de preocupação com a gripe que só provocaria dor e mal estar em mim. Confesso que me comovo muito com esse cuidado e delicadeza que algumas pessoas guardam dentro de sí. E começo a perceber que amor talvez seja isso. Seja doer-se com a dor de outro corpo ou espirito, seja alegrar-se com a alegria do outro.
Agora estou aqui, escrevendo. Meus dedinhos e a ponta do nariz estão congelando, e mesmo com todos os sintomas da gripe, estou me sentindo bem. Estou imóvel (pela quantidade de roupas de frio que coloquei, rs) e escutando uma música que não sai da minha cabeça. Confesso que era pra eu estar na aula de inglês agora e confesso que já matei aula na ultima terça-feira. Mas...Resolvi me dar um tempo sem me jogar nos livros, e me jogar em outras coisas também importantes para me fazerem sorrir. Li um pouco de Direito Penal, o que reforçou o fato de que é sim o Direito o meu futuro profissional. Li um pouco do "Livro dos Abraços", o que reforçou o fato de que escrever é fantástico e de que eu quero escrever um livro um dia. Bom...É incrível como nem a gripe me tira a vontade de comer. Duas pêras, 2 litros de suco e um bando de melzinho em sachê, rs.
Eu estou bem. Tenho tido muita alegria aqui, guardada por trás desses olhos castanhos que ficam bem mais claros no sol.
Queria dizer as ultimas coisas agora. Fiquei muuuito feliz com algo que recebi hoje! Minha mãe me liga e diz: "Laís, chegou uma carta pra você na portaria, é de Guarulhos-SP". Corri emocionada para pegar a linda carta, e nossa! Me veio uma lembrança de algo que não conheço. Sei que a Elaine não deve ler o blog, mas obrigada! Eu amei o desenho da Amélie, amei o que escreveu e isso me fez muito bem! Fazia tempo que eu não recebia uma carta. E é lindo a disposição que você teve em fazer uma carta a uma estranha. Obrigada mesmo!
Bom... É isso. Cof cof. Estou saindo agora. Amanhã tenho que estar viva para ir ao programa da Câmara, receber a Câmera que ganhamos pra escola. hoho
Obrigada pelo dia, Senhor. Obrigada pelos detalhes que fizeram o meu dia ser espetacularmente adorável!

Ps: " Laís...Pode deixar! Eu te levo no domingo " - Obrigada!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Que me fazem apaixonar

Mas é que até um e-mail inesperado, de qualquer alguém, me faria apaixonar. Um sorriso destinado à mim, e um jeito diferente de oferecer o casaco em um dia que congele. Ou até mesmo um jeito desajeitado de olhar... Mas que se diferencie de todos os outros olhares, por que esse provava que realmente me via. Uma voz doce que passe pelas cordas vocais, e que eu veja que é sim mais doce quando é para mim. Um bilhetinho jogado no meio das minhas bagunças rotineiras. Um aperto de mão, quando a minha estiver completamente tremula ou gelada demais. Pra falar a verdade, um beijo na testa e nas mãos, quando o mundo inteiro quiser me dar um na bochecha. Um abraço seguro e cheio de preocupação, quando o mundo inteiro estiver me batendo. E quando eu passar de cabeça baixa, uma voz suave vem dizer: Boa noite, menina. E aí eu levanto a cabeça que havia passado o dia inteiro procurando o carinho e companheirismo do mundo, que parecia ter se perdido no meio de tanta acidez.
Mas é que o mundo anda tão grosso... Que o meu mundo se apaixona pelo raro "bom dia" que quase ninguém deseja. Que o meu mundo se apaixona por quem diz preocupar-se com ele. Que o meu mundo se apaixona por quem é apaixonado pelo mundo.
Deixando claro que a paixão não implica apenas, em namoros e casamentos. Refiro-me á vida! Refiro-me aos seres que chegam de mansinho, sem segundas ou quartas intenções. Refiro-me aos que são capazes de serem amigos e amigas. Aos que nos querem bem, sem obrigação alguma. Ah! Por esses eu tenho me apaixonado todos os dias. Tenho me apaixonado tanto...Que mal consigo parar de pensar, nas dez pessoas que me chamaram atenção hoje e ontem, por simplesmente ter me enviado um sorriso cativante.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

E eu fico fazendo tantos planos pro futuro, que acabo sentindo os intervalinhos do presente. Mas qual mal tem, viver o futuro no presente? Uma regra boba que diz que devemos esperar que o futuro chegue, pra começarmos a viver? Um dia eu acabei acordando e até que caí na real - que eu ainda nem sei se é real. Eu comecei a perceber que o futuro nunca vai ser futuro. Ele nunca vai chegar e bater nas nossas portas e muito menos, pular as nossas janelas. E o meu destino e o seu destino, é viver o presente a vida inteira, e isso, vai por mim, é presente. Não me importa qual seja a sua crença á respeito de quem o presenteou, porque eu sei quem me presenteou e isso é tudo.
Mas como um presente dado de coração e de alma, esse nosso presente nos pertence e nós criamos as nossas regras ou "des-regras" para usá-lo. E eu, agora acordada e as vezes lúcida, comecei a me ver dona do meu presente. Durante muito tempo me vi com o presente de alguém, como se fosse empréstimo. Agora não. Agora eu sei que é meu. E agora eu escolho o que fazer com o tal do presente e do futuro. O passado está guardado em mim sim. Não por ser rancorosa, não por guardar lágrimas sofridas ou por gostar das cicatrizes. Na verdade...Parece que ele me faz correr mais rápido pros sonhos. Quando me vejo caindo no abismo dos medos passados, crio mais forças para correr pro futuro e me tornar presente. No final das contas, é tudo a mesma coisa. E a gente nunca deixa de ser presente da vida, e a vida nunca deixa de ser
presente da gente. E os sonhos? Os sonhos nunca deixam de ser o presente que nós mesmos nos damos.

Ps: Eu estava...Como quem não quer nada postando em um tópico de uma comunidade linda e fofa, e saiu isso. Queria guardar aqui também. Um beijo, estou indo pro espanhol agora D: Antes...Queria compartilhar com vocês ou você ou sei lá quem, a música mais linda do mundo. É a trilha sonora desse meu presente.

 
Ps²: Parabéns pra Lory! Sei que ela não vê isso aqui...Mas, a amo mais que chocolate, mais que borboleta, mais que morangos, mais que fotografias, mais do que escrever e mais do que pintar o cabelo, rs. Que Jesus sempre, sempre e sempre guie os passos dela. E que os meus lindos sobrinhos sejam menininhos abençoados. Feliz terceira idade, sister. E que seu coração sempre seja bonzinho e iluminado, assim, como ele é.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não é que eu dou valor nas coisas quando perco. Não é isso!


Eu simplesmente não consigo me completar quando tenho.

É como se os amores e gostares, fossem estrelas gigantes. Um dia, encontro uma caixinha rústica e adorável, a abro, e quando vejo, de lá de dentro sai uma estrela imensa que me desperta todos os sentimentos e vontades que moram dentro de mim. Mas algum tempo passa...E então, meu coração começa a ver que o lugar da estrela não é dentro dele. E então, resolve levar a estrela até o seu céu, para que lá ela seja feliz.

Tudo estaria bem. Quando do nada, o coração vê que a estrela anda saindo e brilhando com outra estrela. Pra falar a verdade...Nasci pra profissão e pros desapegos. No final eu acabo inventando os meus caminhos, simulando pra mim mesma as minhas tristezas e morrendo por não guardar aquilo que é meu, por ser meu.

Que as estrelas sempre brilhem, mesmo que o céu não seja eu e muito menos a estrela vizinha, que consegue brilhar contando as mesmas piadas e tendo o mesmo gosto musical.

Perdoe-me a sinceridade comigo mesma, mas é incrivel essa capacidade horrivel de não conseguir ficar triste com certas coisas. Talvez seja essa vida. Talvez seja essa vida que já me deu tantas rasteiras em pouco tempo, que acabou me fazendo não rir de qualquer piada.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pois é.

E mais uma vez, enxergando sózinha, que o fim é apenas a volta ao começo. O dia não escureceu e o fim do túnel não chegou. Mas sei que logo logo, o começo não será mais comigo e as flores não terão o meu nome no destino. Como um dia vi e me surpreendi: Eu sou uma pessoa substituta. Talvez seja esse o motivo de todas as aflições que aqui pulsam. Talvez eu fique triste por ser assim, substituta. Mas outrora, é simplesmente isso que me salva. Meu coração se bagunça por completo, e por necessidade, pede algumas "horinhas" pra faxina. Acontece que a faxina é tão íntima e tão complicada, que é preciso se estar isolada de todo o mundo de fora. Ninguém entende, ninguém entenderá. E quando me isolo, preciso ter a certeza de que tudo ficará bem. Não comigo. Preciso ter a certeza de que a qualquer momento, virei eu, a cair no esquecimento. Como sempre caí, como sempre caio... A garota hoje se sentiu não só pequena, mas invisível a qualquer coração e a qualquer olhar. Se sente assim mesmo sorrindo, mesmo cantarolando, mesmo dando pulos de animação. Confesso: Eu vivo a esperar, algo que nunca vai chegar. Eu vivo de esperas. Eu vivo matando tudo aquilo que amo. Eu vivo amando aquilo que me protege. Mas no fundo, bem no fundo, eu espero há 16 anos, por algo que não tem nome. É isso que me dá forças. É isso que me tira as forças. É isso que me faz morar aqui dentro e não querer mais abrir as portas, mas estar em total agonía para pular as janelas.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Não o condeno, mesmo se o pudesse.

Ah...Fique tranquilo. Não o condeno pelo beijo não dado ou pelas lágrimas que salgam todo o seu rosto. Não o condeno pela vontade de solidão ou pelos sorrisos que se foram. Não o condeno, por saber que querias ter beijado, mas seus lábios estavam frios. Não o condeno, por saber que se as lágrimas fossem propositais, faria com que elas tivessem gosto de mel ou chocolate e não de cloreto de sódio. Não o condeno, porque sei que tantas vezes, o mundo parece mentiroso demais e você prefere se esconder de tudo isso, dentro de você- parece mais seguro. Não o condeno, porque sei o quanto almejas que os sorrisos voltem, mas tu preferes que sejam todos verdadeiros antes de lhe pertencerem. Não o condeno, porque sei que não posso. Não o condeno, porque sei que isso não serve a um mero ser humano. Não o condeno, porque ninguém conhece as flores que nascem ou murcham no coração do outro, e muito menos o dano ou a alegria que isso pode causar. Não o condeno, porque já tem um mundo inteiro cego, que insiste em querer ser juíz de teu sofrimento e de tua alegria. E o veredito final é sempre o mesmo: Você é dissimulado e deveria ser de outra forma. Mas aqui vai um conselho, de alguém que não quer passar de promotora nessa história de justiça: Viva! Só tú, e mais ninguém, sabe o que se passa dentro de ti. Tá aí um segredo eterno, que ninguém tem o direito de dizer que é ou não justificável. Sejas tú. Cultive a tua rosa. As vezes serás espinhado por ela; outras, serás presenteado com um cheiro inigualável; outras vezes, não vai querer parar de admirá-la. E é aí, que verás que a vida é como essa tal rosa. Perfeita. Os espinhos nunca foram sinônimos de defeito- e nem deveriam. E nem que os cultivam, devem esconder as lágrimas de dor, por ser mais bonito sorrir. Cultive suas rosas e reaja!

domingo, 25 de julho de 2010

Quanto ao blog e aos lindos que o leêm.

Esse é um post especial pra falar de você que me está lendo agora e que já leu o Baiser de Lá antes.
Queria agradecer intimamente à você, por depositar alguns minutos aqui. Minutos que tantas vezes poderiam se transformar nos 5 minutinhos a mais de sono ou em tantas outras coisas. Mas que você gasta aqui, comigo. É muito lindo isso.
O que escrevo aqui é algo, na maioria da vezes, extremamente pessoal. Escrevo porque preciso. Não é básicamente porque gosto. É por necessidade. É porque as palavras fazem cosquinhas dentro de mim, até eu não mais aguentar, e deixá-las sair. Ela são tão intimas de minha pessoa, que sabem o ódio que tenho pelas cóssegas. É incrivel o poder que essas palavras têm. Elas se transformam em sorrisos, em lágrimas, em palavrões e em desabafos extremos. E quando elas se transformam em tudo isso...Eu não tenho outra escolha, além de organizá-las fora de mim. Isso é necessário.
O blog foi criado com o objetivo de guardar tais coisas. Com o objetivo de usar a internet pra algo que me faz bem e que penso ser produtivo. E eu consegui o que queria. Vejo aqui, como minha caixinha de coisas absolutamente valiozas, que saíram de mim, exclusivamente.
Aquí é a parte que entra você, rs. O blog tem duas opções para os leitores. A opção de seguir um blog e a de comentar em uma postagem feita. E então eu tenho dois pontos de vista, que gostaria de deixar super, hiper, mega claro.
Não faço parte da campanha: NÃO LEIA NADA DO QUE ESCREVI, MAS ME SIGA! PS: COMENTE NOS POSTS.
Não. Não faço parte dessa filosofia dos números. Números pra mim não são muita coisa não. E até me deixam um pouco mal, por depois de um tempo, eu não dar mais valor em número algum.
Não estou dizendo que não gosto quando tem um novo seguidor ou um novo comentário. Falto pular de tanta empolgação. Até porque o "novo" me atrai e é lindo ver alguma coisa diferente por aqui, enquanto eu saio. Mas...Eu me empolgo quando sei que quem está comentando ou seguindo, é alguém que realmente lê e gosta do que escrevo. Fico cheia de sorrisos quando vejo algum novo seguidor, me seguindo porque viu, gostou e por livre e expontânea vontade, passou a seguir. Digo o mesmo dos comentários!
Então...Gostaria de agradecer a estes. É ótimo saber a opinião de vocês sobre este simples blog cheio de mim. É ótimo saber que estão o seguindo *-*
Só quero pedir, agora, a seguinte coisa: se é seguidor desse blog, mas não lê nada e acha tudo uma falta do que fazer, sinta-se livre para parar de seguir. Se abriu essa página do nada, leu e gostou, sinta-se bem-vindo e livre para seguir. E se gostou muito, lê e não quer seguir, sem problema algum também. Só me avisa um dia que lê ou leu, até em outros métodos e isso será ótimo.
É isso, belas pessoas. Era isso que gostaria de falar. Qualquer coisa...Só é falar também.

Ah...Criei um "Tumblr". Gostei, achei interessante e bem útil pra mim. Estarei aqui no Blogger e no Tumblr. Lá eu posto coisas que eu escrevo ou fotos que eu tiro, mas também posto coisas que gosto de outras pessoas. Tipo músicas, vídeos, fotos, poemas, frases e essas coisas. Quando eu não estiver por aqui...Estarei por lá. E quando não estiver por lá, estarei por aqui. Se quizerem passar por lá, serão bem-vindos também. haha

BAISER.

Tudo novo

Não quero pensar que tudo vai começar novamente. Minha alma não combina com rotina. Tudo pode começar diferente, agora. Uma vontade nova já é o suficiente. Novos planos, novas metas, novos programas, novas visões, novas expectativas, novas chances, novas oportunidades, novos gostos, novos encontros e reencontros, novos sorrisos, novos prazeres. Tudo novo. Minha alma não tem sede de mais nada além disso. Minha alma tem sede de mundo novo e cheiros nunca sentidos. Uma pétala fora do lugar já é o suficiente pra mudar um jardim inteiro, sem nenhum dano. Então, é agora o momento em que me encontro em total ventania, bagunça, desordem e confusão. Mas, é necessário. Sei que só assim todas as pétalas saírão do lugar, pra que eu conheça o novo mais uma vez. A bagunça é necessária para se ter o que arrumar.


Ps: Bom...Eu comemoro todos os dias do ano, desde o dia do teatro ao dia do café. Só que hoje, por um deslize muito imperdoável (mas que eu me perdoarei, porque hoje também é o dia do perdão) eu me esqueci do dia tão lindo que é. Mas como eu tenho uma amiga fofíssima, ela me lembrou que hoje é dia do Escritor. Portanto... FELIZ DIA DO ESCRITOR! Feliz esse dia, à todas as pessoas que pensam e sentem com as palavras. À todas as pessoas que dão tanta importância aos escritos, como eu posso dizer que dou. E à todas as pessoas que entendem a dimensão do que é tirar de dentro de alguém, sentimentos que formam poemas, textos ou frases. Parabéns à todos os escritores... Dos mais anônimos e bobos como eu, aos mais populares e complexos como os que já conhecem. É isso, haha.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sem dificuldades, peguei um pedacinho de nuvem, amarrei na pontinha da menor estrela e comecei a cutucar o arco-íris, esperando que ele caísse e deixasse o mundo inteiro cheio de cores. Esperando que ele desse cor aos sorrisos tristes, do mundo inteiro.
Falhou. Nem todo mundo está colorido agora. Mas ele está aqui, caído. É tanta cor nova, que nunca acho que são realmente minhas. Mas estão aqui. Colorindo os sonhos que outrora pareciam mortos.Guardarei as mais bonitas no coração. E depois, o pendurarei na sua janela, para que nunca deixe de ver o quanto tem um dia vivo lá fora. Não se surpreenda se alguém tentar amarrar um pedaço de nuvem na pontinha de seu nariz.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A borboleta

Uma borboleta posou na minha calça. Eram tão leves os movimentos que fazia com as asas, que nem parecia se incomodar com a indelicadeza do movimento do ônibus. Mal sabia ela, que estava descansando no colo de alguém, que poderia esmagá-la com um sopro, sem que fosse isso seu desejo. O barulho não parecia incomodá-la, enquanto lá estava eu, me atormentando com o barulho exagerado das batidas dos bancos vazios. Pra falar a verdade, nem me dei conta do momento em que se acolheu no meu colo. Não. Não foi apenas por ser ela, o ser mais sutíl e leve. Foi a falta de sintonia entre o que todos podem ver e entre o que ninguém pode. Meu corpo anda meio desligado da alma, e então, os detalhes acabam se tornando invisíveis. Não olho para o céu com tanta frequência, porque meu corpo se recusa a deixar de correr e a faltar os compromissos, para perder tempo olhando um punhado de azul com manchas brancas. Quando a borboleta chegou, foi assim. Foi quase uma guerra. O corpo logo fez questão de espantar aquele inseto e até chegou a movimentar agressivamente a perna, para que a borboleta saísse depressa. Mas lá continuou ela, movimentado as asas, como quem encontrou a tranquilidade. E eu também acabei encontrando. Fiquei quietinha, quase tentando parar o ônibus com o poder da mente. Olhei para o céu por alguns minutos, para que ele não pensasse que o havia esquecido por causa da borboleta. E logo, encostei a cabeça no banco, tirei uma foto da borboleta e percebi o vento acelerando a frequência com que movimentava  as asas. Para você pode ser exagero, e pra falar a verdade, pouco me importo...Mas quando a borboleta bateu as asas, um pouco mais forte e saiu voando pela janela, eu sentí a vida. Aí me veio algo na cabeça, que pouco tem a ver com borboleta ou que muito tem a ver com ela. Algo do tipo: Nascer e morrer, é uma obrigação. Viver, não! Viver é uma escolha que nem todos que nascem e morrem acabam escolhendo. Viver, no final, é fácil demais pra uma raça que se programa o tempo inteiro para o difícil. A rotina é difícil. E quando é que vamos viver?




quarta-feira, 14 de julho de 2010



Obrigada, tédio enorme em proporções astronômicas.  *-*
A Laís ficou exageradamente feliz, também em proporções astronômicas. <3

Vontade de ser estrela.

- Que diabos você anda tão cabisbaixo, menino?
- Tenho vergonha!
- Mas de quê, oras?!
- Das estrelas. As invejo.
- Mas, porque?!
- Parecem tão confortáveis lá encima. Brilham tanto, que quando as olho, vejo o quanto sou opaco. Elas parecem sorrir tão alto que eu, de tão pequeno, não as posso escutar. Além disso, estão sempre rodeadas de amigos que nunca pensam em abandoná-las no meio do escuro. E por falar em escuro...Elas não parecem ter medo dele, como eu. São até bastante amiguinhos. Não conseguem deixar a escuridão sozinha e por isso, todas as estrelas se vão, quando o escuro resolve partir. Preferem não deixar um amigo sozinho, do que conhecer a claridade. Quanta lealdade das estrelas! Elas são como as flores que tornam um jardim bonito. Queria ser uma estrela! Elas parecem ser tão doces. Ficam piscando...E quando agente pensa que seus brilhos vão se apagar, elas mostram que tem um brilho ainda mais forte. Elas nunca ficam tristes...
- Elas não passam do seu reflexo, menino. Se pra você, as estrelas são tão belas e fortes, é porque você também é. O céu é o espelho, e nós, os pontinhos sem auto-estima os refletindo. Pare por um minuto, me dê um abraço e olhe para o céu, e verá que duas estrelas, no meio de tantas outras, também estarão paradas, unidas pelo coração. Faça isso com todas as pessoas que ama e veja que elas não passam de estrelinhas que guardam teus sonhos enquanto dorme, pra que quando acordes, teus sonhos não caiam no esquecimento.




Obrigada, querida estrelinha predileta! Acho que sabes que, no meu céu, os sorrisos mais honestos, são os seus. Acho que sabes também... Que és uma estrela que nunca quero ver se apagar e que quero sempre o seu coração se juntando ao meu, por mais 2 mil anos luz. Baiser, no coração.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Claridade

A claridade passa pela janela, sem nem mesmo pedir licença. Assim como a escuridão antes indicava que era noite, a claridade vem silenciosamente indicando que ganhamos novas oportunidades para jogar aquelas cartas que guardamos no fundo do lugar em que guardamos os nossos maiores desejos e sonhos ocultos, pensando que estas nunca seriam jogadas. As vontades sempre são jogadas nos lugares mais fundos, como se não tivessem sentido algum. Oras! Se um dia eu puder encher o céu de beijinhos, só será incrível porque antes, essa era a minha maior vontade. E se em um outro dia eu puder roubar todos esses beijinhos, com um pedaço do azul e um pouco da delicadeza do voo dos passarinhos que por ali voaram, e entregar aos que me colorem, seria um descontrole nas risadas e nas rugas de alegria. E repito: só seriam, porque antes, isso foi uma vontade.
A claridade, todos os dias, acorda cedo para tirar as teias que prendem os nossos sonhos. Trás junto com ela, passarinhos novos que esperam por comida, florzinhas em árvores frutíferas, um sol descansado, um céu alcançável, novas metas, autonomia para desligar-se do que já se passou e um cheiro de novo dia, acompanhado com o gosto do café que quase grita por novos erros e acertos e uma melodia louca, sem sentido e cheia de batuques, mostrando que hoje... que hoje você não precisa mais se importar com o sentido e com as regras das cartas. E no final do dia, a claridade vira escuridão, mesmo. Mas se soube aproveitar toda ela, quando esta se tornar escuridão, estarás sonhando... Estarás sonhando, para amanhã, quando novamente for dia, tú acordar, pegar o travesseiro cheio de sonhos e sair por aí, realizando-os e compartilhando-os com o mundo. Mas se não soube aproveitá-la, aí tudo parecerá escuridão. Até mesmo as flores que acordam e quase podem desejar um bom dia. O café parecerá sem açúcar e os sonhos parecerão coisas de filmes românticos ou de novelas mentirosas.
Peço pra que quando abrir tuas janelas...Não te irrites com a claridade que por ela entra, sem o pedido de licença. Não é por falta de respeito ou provocação. Ela tem medo de dizer tão claramente, que o mundo pertence aos que sonham acordados.
Perdoem-me! Agora terei que confessar, que manchei o céu. Sei que não tinha tal direito, mas não resisti. A vontade falou mais alto e, logo pela manhã, um novo dia me deu forças para dar todos os beijinhos que pude. Vi o mundo de lá de cima e agora, me alegram os pássaros e os montinhos de algodão que se movimentam no azul que pude beijar.



Ps: Adoro a música e a cantora! 
  "Cai na dança, cai. Vem pra roda da malemolencia". ( CéU )

Ps(dois): Eu vou ser a dinda do Dudu! *-----* EU! Será que alguém consegue imaginar o tamanho da minha felicidade?! hoho.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

É o sentir-se pequeno ou grande demais

Aqueles dias enlouquecidos voltaram, e a solidão ecoando sobre todo ele, também. O cheiro de passado que não consegue morrer, o gosto de um presente que parece não ser. A extinção de sorrisos que sempre estiveram ameaçados. As desconfianças, a falta de ar, a impaciência, as olheiras, o úmido dos olhos. A fraqueza habitando um corpo e uma voz ácida. Como se isso fosse ser forte.
É tudo uma mentira. Tudo não passa de mentiras contadas aos bobos da roda. Ninguém se importa com as suas estrelas. E se o céu um dia, pensasse em digerí-las, ninguém se importaria em roubar uma só estrela, pra que você pudesse guardar de recordação. E isso tudo, porque ninguém se importa com os outros, da mesma forma que as estrelas te importam.
As vozes, os olhares, os gestos, as ações, as insignificâncias, as mentiras, os saltos, as idiotices...Ah! Isso tudo tem me cortado algo, que não é feito de carne e nem de osso.
Sumiram aqueles que, nesses dias enlouquecidos, tentavam controlar a minha maré e apanhar uma estrela no céu. Será que um dia, eles existiram? Ou era eu, inventando um jeito de não me afogar nos soluços?


Eu preciso de um abraço, de um pedido de desabafo da alma e de uma vida inteira me encontrando. Eu preciso dos antigos amigos e dos novos. Eu preciso daquela alegria simples e daquela mente de criança que, mesmo quando tudo estava perdido, uma pitada de esperança era encontrada, no meio de um mundo que tinha tudo pra se apagar.  Eu preciso me sentir e sentir o mundo. Eu preciso de silêncio. Eu preciso dormir. Boa noite.



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" Well, there's no way, you'll get away "