domingo, 4 de abril de 2010

"Explosão".

A explosão foi sútil. Silenciosa, intensa, sincera, muito esperada e inesperada. Sim, os ultimos são antônimos! Mas é que tenho esperado anciosamente por esta explosão. E por outro lado, foi uma explosão sem os "tic-tacs" que alertariam que algo ia explodir. Totalmente inesperado e explosivo.
Foi então que percebi que eu estava absolutamente lacônica por fora e extremamente prolixa por dentro(novamente os antônimos). Controlei minha vontade do abraço- que ainda não passou- e tentei entender o que aquilo significava.
As borboletas estão aqui, colorindo os meus pensamentos desde então. Por tanto tempo, fui o casulo que as guardou...No começo elas eram apenas os riscos, pequenos e meio grosseiros. Mas, algo as alimentou com coisas tão inexplicáveis, que elas foram se tornando tão puras, coloridas, incontroláveis e multiplicáveis. A cada dia, elas parecem crescer ou se multiplicar, não sei. Sei que não estava conseguindo as guardar muito bem, sem aparecer algumas asas coloridas, que eu rapidamente escondia. Mas...algo as chamou, e elas não quiseram obedecer quando pedi pra que ficassem em silêncio. Houve a explosão. Grande explosão. Mas essa explosão me fez bem, está me fazendo bem. Elas disseram o quanto queriam se tornar reais, por tanto tempo. Ainda não sei. Ainda não sei o nome disso, e nem sei descrever de forma clara o que quero dizer com o "isso". Mas, não é mais uma confusão dentro de mim, não. Sei bem o que quero. Muito bem. Só não sei descrever o porquê, o pra quê... O motivo de desta vez, apenas dessa vez, mesmo com todas as coisas que poderiam ser um problema, eu simplesmente não me importar.