sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pois é.

E mais uma vez, enxergando sózinha, que o fim é apenas a volta ao começo. O dia não escureceu e o fim do túnel não chegou. Mas sei que logo logo, o começo não será mais comigo e as flores não terão o meu nome no destino. Como um dia vi e me surpreendi: Eu sou uma pessoa substituta. Talvez seja esse o motivo de todas as aflições que aqui pulsam. Talvez eu fique triste por ser assim, substituta. Mas outrora, é simplesmente isso que me salva. Meu coração se bagunça por completo, e por necessidade, pede algumas "horinhas" pra faxina. Acontece que a faxina é tão íntima e tão complicada, que é preciso se estar isolada de todo o mundo de fora. Ninguém entende, ninguém entenderá. E quando me isolo, preciso ter a certeza de que tudo ficará bem. Não comigo. Preciso ter a certeza de que a qualquer momento, virei eu, a cair no esquecimento. Como sempre caí, como sempre caio... A garota hoje se sentiu não só pequena, mas invisível a qualquer coração e a qualquer olhar. Se sente assim mesmo sorrindo, mesmo cantarolando, mesmo dando pulos de animação. Confesso: Eu vivo a esperar, algo que nunca vai chegar. Eu vivo de esperas. Eu vivo matando tudo aquilo que amo. Eu vivo amando aquilo que me protege. Mas no fundo, bem no fundo, eu espero há 16 anos, por algo que não tem nome. É isso que me dá forças. É isso que me tira as forças. É isso que me faz morar aqui dentro e não querer mais abrir as portas, mas estar em total agonía para pular as janelas.