segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

...Sempre foram assim?

...Sempre foram assim?
Sempre foram enigmas sem mapas e dicas?
O amor nasceu até então, sem maldades ou trapaças.
Algumas pirraças e ingenuidades, nada que fugisse, que fugisse, que fugisse...
Mas vieram os acordos,
as tentativas para que tudo voltasse a ser como antes,
mas como tentar dar cor a amizade?!
singela como uma criança de colo...
frágil como as pétalas das flores que caem quando supreendidas pelos ventos fortes;
que é forte, que é forte, que é forte... pedra? faca? bala? bomba? amizade?
Tudo explode!
Eis que não deve-se renovar o contrato!
Eis que não pode-se remendar todos os cacos...
Eis que derrepente, o amor se tornou o inimigo.
Aquele amargo de aparência doce...
Aquele doce que nunca foi, nunca foi, um dia será! será?!(?)
As tempestades ficaram coloridas e sem sentido.
Será que um dia deixa-se de gostar do que não tenha cor?

sábado, 9 de janeiro de 2010

Borboletas verdes é o que eu digo.

Ás vezes eu me sinto tão inútil e tão besta por vir aqui todos os dias e dizer coisas pra não sei quem e não sei pra que. É como se eu tivesse um ritual tão meu, tão meu, que eu me sentiria tão egoísta se eu não compartilhasse. E então, quando compartilho algumas palavras que invento, me sinto tão dos outros, e ao mesmo tempo tão minha, e no final eu acabo não sendo de ninguém ou de nada. E eu odeio quando não me sinto minha, totalmente. E eu odeio quando sou dos outros, sem ser. Algo meio abstrato até pra mim. Vivência de coisas que não são. Enxergar pontos que não existem. Falar borboletas verdes que todos pensam ser azuis(alguns teimam comigo e dizem ser baratas pretas). Paro pra pensar no quanto me sinto ridicula quando me perguntam o que quero dizer com aquelas borboletas verdes! Elas são minhas, poxa! Se são minhas borboletas verdes, elas não tem que ter sentido pra mais ninguém. Pra mais ninguém além daqueles que conseguiram saber sozinhos que eu falei borboletas verdes. Aliás, agora acho que estou falando abobrinhas rosas, mangas azuis e esperanças violeta. E quem deveria me estar lendo? Será interessante ler isso? Ler isso que agora eu sinto que é tão pequeno! Um conjunto de letras que muitas vezes saem sem pensar, saem desagrupadas, sem fácil sentido. Que muitas vezes se sentem sozinhas mesmo diante de tantas, tantas outras letras iguais e semelhantes a elas. Muitas vezes o "L" se sente assim. Diante de tantos "L's", ele acaba se sentindo tão igual a todos eles, que se sente sozinho. Ás vezes aparecem algumas letras que entendem que o "L" é o "L", e não deveria ser "M" ou "N". E então o "L" se sente "L"ivre, "L"eve, "L"ouco, "L"ouco, "L"ouco. Ele gosta de se sentir assim. Acho que faz muito bem. Mas volto a pensar: Pra que escrever tantas cores e tantas pessoas juntas? Creio que isso só deva ter melodia aos meus ouvidos. Ás vezes me sinto tão inútil por escrever coisas minhas, fora do meu eu. Pra quê?! Parece que as borboletas verdes sempre sentem uma enorme necessidade de voar para fora de mim! Não consigo e não me permitiria mante-las enjauladas. Elas acabam fugindo de mim, com a minha própria ajuda...