terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Como é dificil fazer titulo pros posts .

Tudo que tenho pensado, respirado, comido e sonhado, tem sido letras, que formam palavras, que formam frases e que no final viram poesia. Parece que é nos momentos de solidão, que me sinto mais completa. Repleta de pelúcias que dentro são pedras. E de pedras que dentro são flores. E de flores com afiados espinhos, e que nem por isso deixam de ser lindas flores. Sinto dizer, mas eu menti. Menti quando disse que me sinto completa na solidão. Eu me sinto eu, apenas. Por uns instantes acho que isso basta. Mas quando estou cheia de tudo, não tenho como ficar vazia novamente, e começo a estourar. Ali mesmo, sozinha, cheia de pessoas ao lado. Mas nenhuma pessoa me vê. Todos pensam que sim, mas simplesmente pensam. Sinto-me envergonhada nos momentos em que tento me descrever e sinto uma explosão dentro de mim quando outros tentam. Existem os que acreditam no que enxergam, e existem os que acreditam em tudo o que deixo transparecer. Acreditam no meio sorriso, na felicidade, na grosseria, na falta de sentimentos, na indiferença, na irônia, na fortaleza, na paciência e na falta dela. Mas nem sempre tudo isso realmente me pertence. Acreditam que me conhecem profundamente, quando conhecem apenas o que todos pensam conhecer. As cascas são sempre tão óbvias. Tão óbvio quanto dizer que eu não sou nada do que vejo nesse espelho sujo.
Continuo aqui. Continuo respirando letras, que juntas formam palavras, que formam frases...e que no final, ficam no ar. Voando, voando, voando...mas nunca viram poesias. É sentir sede daquilo que não existe. É saber que nada é suficiente para sacea-la agora. Não agora! Será que é possivel existir algo que simplesmente mate a minha sede pela busca do que não se pode ser visto?


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POR FAVOR, SE ALGUÉM TIVER A MUSICA "AMOR PLATÔNICO - LEGIÃO URBANA" ME PASSA!=/

tchau!