Não. Não está um frio cortante lá fora. Aqui dentro também está. Tão cortante quanto navalha nova e bem afiada, que não tem piedade de cortar os que são de carne. Mas eu, tão afiada quanto, logo dei um jeitinho rápido e aconxegante, de me divertir com o frio que eu, na maioria das vezes adoro. Acordei um tanto cedo demais, como sempre. E talvez isso que me faça andar com a postura errada o dia inteiro, dormindo em qualquer ponto parado e desconfortável em que eu esteja. Não estou reclamando disso, vai! Mas, os meus sonhos parecem ficar mais interessantes quando o relógio do celular desperta e quando estão nos 5 minutos finais do segundo tempo. Mas enfim, graças a Deus eu acordo todos os dias pra viver.
Voltemos a falar do frio e do dia. Acordei gripada. Como de costume, meu organismo vai enfraquecendo aos poucos, e a medida que vai ficando fraco, vai juntando forças pra acabar com o vírus de uma vez. Talvez tenha aprendido isso comigo, ou eu com ele. E enquanto ele vai se munindo e criando estratégias para vencer, eu fico aqui, mole e dolorida, parecendo criança esquecida quando está morrendo de sono, que não sabe aonde fica, pra onde vai e nem o que fazer. Meu corpo está mole, minha cabeça está rodando, eu morri de frio o dia inteiro, tive vontades de espírrar ( na maioria das vezes era alarme falso ) e minhas amigdalas estão enormes. Sei! É tediante ler em um blog como esse, coisas sobre os sintomas que a autora anda sentindo quanto a gripe. Mas, na verdade, estou falando isso, pra poder falar de outra coisa. Queria falar a parte boa do dia, a parte boa de mim, a parte boa da vida e a parte boa dos sorrisos. Queria falar a parte boa, da parte ruim.
Existem horas simples como essas, que Deus nos dá a oportunidade de vermos o quanto somos amados e queridos, por quem quase nunca nos diz isso. Tenho aprendido a ler o amor nas entrelinhas. E tenho me preenchido com isso. E hoje...Durante esse dia todo, vi certos olhares de preocupação com a gripe que só provocaria dor e mal estar em mim. Confesso que me comovo muito com esse cuidado e delicadeza que algumas pessoas guardam dentro de sí. E começo a perceber que amor talvez seja isso. Seja doer-se com a dor de outro corpo ou espirito, seja alegrar-se com a alegria do outro.
Agora estou aqui, escrevendo. Meus dedinhos e a ponta do nariz estão congelando, e mesmo com todos os sintomas da gripe, estou me sentindo bem. Estou imóvel (pela quantidade de roupas de frio que coloquei, rs) e escutando uma música que não sai da minha cabeça. Confesso que era pra eu estar na aula de inglês agora e confesso que já matei aula na ultima terça-feira. Mas...Resolvi me dar um tempo sem me jogar nos livros, e me jogar em outras coisas também importantes para me fazerem sorrir. Li um pouco de Direito Penal, o que reforçou o fato de que é sim o Direito o meu futuro profissional. Li um pouco do "Livro dos Abraços", o que reforçou o fato de que escrever é fantástico e de que eu quero escrever um livro um dia. Bom...É incrível como nem a gripe me tira a vontade de comer. Duas pêras, 2 litros de suco e um bando de melzinho em sachê, rs.
Eu estou bem. Tenho tido muita alegria aqui, guardada por trás desses olhos castanhos que ficam bem mais claros no sol.
Queria dizer as ultimas coisas agora. Fiquei muuuito feliz com algo que recebi hoje! Minha mãe me liga e diz: "Laís, chegou uma carta pra você na portaria, é de Guarulhos-SP". Corri emocionada para pegar a linda carta, e nossa! Me veio uma lembrança de algo que não conheço. Sei que a Elaine não deve ler o blog, mas obrigada! Eu amei o desenho da Amélie, amei o que escreveu e isso me fez muito bem! Fazia tempo que eu não recebia uma carta. E é lindo a disposição que você teve em fazer uma carta a uma estranha. Obrigada mesmo!
Bom... É isso. Cof cof. Estou saindo agora. Amanhã tenho que estar viva para ir ao programa da Câmara, receber a Câmera que ganhamos pra escola. hoho
Obrigada pelo dia, Senhor. Obrigada pelos detalhes que fizeram o meu dia ser espetacularmente adorável!
Ps: " Laís...Pode deixar! Eu te levo no domingo " - Obrigada!
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