terça-feira, 3 de agosto de 2010

Não o condeno, mesmo se o pudesse.

Ah...Fique tranquilo. Não o condeno pelo beijo não dado ou pelas lágrimas que salgam todo o seu rosto. Não o condeno pela vontade de solidão ou pelos sorrisos que se foram. Não o condeno, por saber que querias ter beijado, mas seus lábios estavam frios. Não o condeno, por saber que se as lágrimas fossem propositais, faria com que elas tivessem gosto de mel ou chocolate e não de cloreto de sódio. Não o condeno, porque sei que tantas vezes, o mundo parece mentiroso demais e você prefere se esconder de tudo isso, dentro de você- parece mais seguro. Não o condeno, porque sei o quanto almejas que os sorrisos voltem, mas tu preferes que sejam todos verdadeiros antes de lhe pertencerem. Não o condeno, porque sei que não posso. Não o condeno, porque sei que isso não serve a um mero ser humano. Não o condeno, porque ninguém conhece as flores que nascem ou murcham no coração do outro, e muito menos o dano ou a alegria que isso pode causar. Não o condeno, porque já tem um mundo inteiro cego, que insiste em querer ser juíz de teu sofrimento e de tua alegria. E o veredito final é sempre o mesmo: Você é dissimulado e deveria ser de outra forma. Mas aqui vai um conselho, de alguém que não quer passar de promotora nessa história de justiça: Viva! Só tú, e mais ninguém, sabe o que se passa dentro de ti. Tá aí um segredo eterno, que ninguém tem o direito de dizer que é ou não justificável. Sejas tú. Cultive a tua rosa. As vezes serás espinhado por ela; outras, serás presenteado com um cheiro inigualável; outras vezes, não vai querer parar de admirá-la. E é aí, que verás que a vida é como essa tal rosa. Perfeita. Os espinhos nunca foram sinônimos de defeito- e nem deveriam. E nem que os cultivam, devem esconder as lágrimas de dor, por ser mais bonito sorrir. Cultive suas rosas e reaja!