terça-feira, 13 de abril de 2010
BEIJOS
Feliz dia do beijo :) Que todos os dias, sejam dia dos beijos. Não necessariamente aquele em que encostamos nossos lábios nas boxexas de outrem, na testa e na boca. Que todos os dias, possamos dar beijos no coração dos outros. Simples detalhes, podem ser os beijos doces que faltavam para as coisas estarem no lugar. Pra se ter alegria, pra colorir o dia e pra crescer a magia que estava apenas esperando um "beijo" pra crescer. As vezes os olhares solidários são os beijos, os abraços de confortos são os beijos, os desejos de "bom dia" são os beijos. Porque, "beijo" significa "tocar de leve". E sinto meu coração sendo beijado, sempre que me "tocam de leve", mesmo que de longe.
É que um beijo pode significar sentimento ou não. É que um beijo pode significar muito ou não.
É que existe o beijo de judas e o beijo de paz. E eu desejo hoje, e todos os futuros dias, que os beijos sejam sempre tocados com leveza...Que sejam sempre beijos, independente de qualquer definição que exista. Que ele não seja APENAS um beijo... Que ele signifique mais que essa palavra. Que ele signifique o calor dos corações que sentem frio.
BEIJOS :*
EU SOU UMA ESTÁTUA VIVA.
Não faz muito tempo. Devem fazer umas 4 horas. No meio de tanta gente que corría; no meio de tanta gente que estava atrasado pro trabalho; gente que ia buscar o filho na escola; gente que ia encontrar o namorado; gente que ia sacar dinheiro no banco; gente que ia comprar um presente de ultima hora; gente que ia passar o tempo andando pelo shopping; gente que estava com fome e sem dinheiro pra comprar comida; gente que tinha perdido o dinheiro da passagem; gente que andava tão rápido que não conseguia enxergar nada que passava por elas... No meio de toda essa gente, eu consegui admirar um. Eu consegui admirar um, que estava alí, parado encima de um degrau. Seu rosto estava escondido, coberto por uma tinta branca, que mais parecia máscara. Mas eu o admirei. Consegui ver aquilo que ele não precisou desenhar.
Foi quando corri, parei em sua frente e gritei a minha mãe. É que achei tão incrivel alguém que conseguisse ficar alheio à tudo que se passava em sua frente, alheio à toda aquela correria que o rodeava. Foi quando parei em sua frente que começaram a juntar mais e mais pessoas, que paravam por 5 segundos e logo continuavam correndo. Mas eu continuei parada. Olhando fixamente pros olhos fechados da estátua viva. Foi quando juntei as moedinhas da bolsa, as contei e coloquei no potinho branco que, por estar no meio de pessoas tão apressadas, era preso por uma corrente grossa e prata, acho que ela significava confiança naquele momento e naquela situação.
Então, a estátua viva (que antes era como pedra), foi se mexendo. E com um gesto singelo e doce, agradeceu as moedas, sem precisar dizer uma palavra sequer.
Achei algo que explique o que sinto ha tanto tempo. Me chamou a atenção. Me chamou a atenção descobrir alí, do nada, que eu sou uma estátua viva também.
Assim que sempre me senti, e nunca tive palavras ou exemplos pra descrever.
É que tudo está passando por mim. É que tudo está correndo e o automático está ligado. É que tudo está correndo e apenas eu estou andando. É que tudo tem pressa e apenas eu me atraso. É que as coisas as vezes param, se interessam por mim e quando eu também me interesso por elas, eu tenho que esperar os depósitos de boas atitudes e bons sentimentos na minha caixinha. Só assim poderia, com outro gesto doce, devolver as boas atitudes e os bons sentimentos. Mas algumas vezes, as pessoas apenas param, olham, admiram, pensam um pouco, falam o quanto gostaram da estátua viva...e simplesmente, voltam a correr. E então, a estátua cai no esquecimento mais uma vez.
Eis que outras vezes, as pessoas depositam o que tem de melhor em suas próprias caixinhas. Elas compartilham os MELHORES sentimentos, as MELHORES atitudes e os MAIORES sonhos. E então, a minha caixinha se enche de coisas boas, que no final do dia, são guardadas em uma caixinha ainda mais preciosa. Quando essas pessoas resolvem dividir comigo as suas caixinhas, resolvo sair da inércia, e começo a cantarolar por dentro. E por fora, os gestos dizem o que eu gostaria de dizer, mas sem usar as palavras.
Sim, eu sou uma estátua viva. Meu corpo é a estátua. Minha alma que vive. Minha alma que agora, está chamando mais caixinhas. É ela que agora, mais do que qualquer outro dia, está PEDINDO uma caixinha que consiga compreender, acolher, abraçar, segurar no colo e fazer cafuné no cabelo por horas. É ela que agora, se sente um pouco só... Como se todas as coisas que já houveram em sua caixinha, houvessem sumido, assim, DE REPENTE.
Foi quando corri, parei em sua frente e gritei a minha mãe. É que achei tão incrivel alguém que conseguisse ficar alheio à tudo que se passava em sua frente, alheio à toda aquela correria que o rodeava. Foi quando parei em sua frente que começaram a juntar mais e mais pessoas, que paravam por 5 segundos e logo continuavam correndo. Mas eu continuei parada. Olhando fixamente pros olhos fechados da estátua viva. Foi quando juntei as moedinhas da bolsa, as contei e coloquei no potinho branco que, por estar no meio de pessoas tão apressadas, era preso por uma corrente grossa e prata, acho que ela significava confiança naquele momento e naquela situação.
Então, a estátua viva (que antes era como pedra), foi se mexendo. E com um gesto singelo e doce, agradeceu as moedas, sem precisar dizer uma palavra sequer.
Achei algo que explique o que sinto ha tanto tempo. Me chamou a atenção. Me chamou a atenção descobrir alí, do nada, que eu sou uma estátua viva também.
Assim que sempre me senti, e nunca tive palavras ou exemplos pra descrever.
É que tudo está passando por mim. É que tudo está correndo e o automático está ligado. É que tudo está correndo e apenas eu estou andando. É que tudo tem pressa e apenas eu me atraso. É que as coisas as vezes param, se interessam por mim e quando eu também me interesso por elas, eu tenho que esperar os depósitos de boas atitudes e bons sentimentos na minha caixinha. Só assim poderia, com outro gesto doce, devolver as boas atitudes e os bons sentimentos. Mas algumas vezes, as pessoas apenas param, olham, admiram, pensam um pouco, falam o quanto gostaram da estátua viva...e simplesmente, voltam a correr. E então, a estátua cai no esquecimento mais uma vez.
Eis que outras vezes, as pessoas depositam o que tem de melhor em suas próprias caixinhas. Elas compartilham os MELHORES sentimentos, as MELHORES atitudes e os MAIORES sonhos. E então, a minha caixinha se enche de coisas boas, que no final do dia, são guardadas em uma caixinha ainda mais preciosa. Quando essas pessoas resolvem dividir comigo as suas caixinhas, resolvo sair da inércia, e começo a cantarolar por dentro. E por fora, os gestos dizem o que eu gostaria de dizer, mas sem usar as palavras.
Sim, eu sou uma estátua viva. Meu corpo é a estátua. Minha alma que vive. Minha alma que agora, está chamando mais caixinhas. É ela que agora, mais do que qualquer outro dia, está PEDINDO uma caixinha que consiga compreender, acolher, abraçar, segurar no colo e fazer cafuné no cabelo por horas. É ela que agora, se sente um pouco só... Como se todas as coisas que já houveram em sua caixinha, houvessem sumido, assim, DE REPENTE.
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