quinta-feira, 8 de julho de 2010

É o sentir-se pequeno ou grande demais

Aqueles dias enlouquecidos voltaram, e a solidão ecoando sobre todo ele, também. O cheiro de passado que não consegue morrer, o gosto de um presente que parece não ser. A extinção de sorrisos que sempre estiveram ameaçados. As desconfianças, a falta de ar, a impaciência, as olheiras, o úmido dos olhos. A fraqueza habitando um corpo e uma voz ácida. Como se isso fosse ser forte.
É tudo uma mentira. Tudo não passa de mentiras contadas aos bobos da roda. Ninguém se importa com as suas estrelas. E se o céu um dia, pensasse em digerí-las, ninguém se importaria em roubar uma só estrela, pra que você pudesse guardar de recordação. E isso tudo, porque ninguém se importa com os outros, da mesma forma que as estrelas te importam.
As vozes, os olhares, os gestos, as ações, as insignificâncias, as mentiras, os saltos, as idiotices...Ah! Isso tudo tem me cortado algo, que não é feito de carne e nem de osso.
Sumiram aqueles que, nesses dias enlouquecidos, tentavam controlar a minha maré e apanhar uma estrela no céu. Será que um dia, eles existiram? Ou era eu, inventando um jeito de não me afogar nos soluços?


Eu preciso de um abraço, de um pedido de desabafo da alma e de uma vida inteira me encontrando. Eu preciso dos antigos amigos e dos novos. Eu preciso daquela alegria simples e daquela mente de criança que, mesmo quando tudo estava perdido, uma pitada de esperança era encontrada, no meio de um mundo que tinha tudo pra se apagar.  Eu preciso me sentir e sentir o mundo. Eu preciso de silêncio. Eu preciso dormir. Boa noite.



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" Well, there's no way, you'll get away "