domingo, 26 de setembro de 2010

Titia coruja *-*

Dia 26 de setembro de 2010.
2:40 da madrugada, nasce o Eduardo lindo da titia.
2:58 da madrugada, nasce o Bernardo lindo da titia.
              Quanto amor em um só dia!

sábado, 25 de setembro de 2010

Pessoinhas

Quando pequena, pensava que as luzes que via lá longe, do outro lado do morro, eram pessoinhas que haviam aprendido a brilhar. Pra falar a verdade, até hoje não penso que são apenas umas gotinhas de eletricidade, que tentam iluminar o céu das casas e das ruas, fingindo ter alguma semelhança com a lua que acende o mundo inteiro, lá de cima. São pessoinhas sim! É pessoinha tão forte, tão forte e tão forte, que deixa claro o dia inteiro, pra gente poder trabalhar e estudar tranquilos. E quando, silenciosamente, o dia é pintado todo de preto, as pessoinhas se dividem. Cada pessoinha vai pra um canto, e fica lá, sem se movimentar, só iluminando as ruas e vielas, e o quarto do menininho que morre de medo do escuro. Fica uma pessoinha lá, pronta para iluminar o céu, que muita gente, ao derramar lágrimas escuras, não pôde enxergar.

E ai eu percebia que as pessoinhas ficavam se apagando e acendendo toda hora. Em questão de segundos. Não sabia bem o porquê, e nem sabia a quem perguntar. Pensei em mandar uma carta, jogar pro alto e ver no que dá. Mas talvez elas tivessem as patinhas quebradas, assim como o passarinho que uma vez, eu tentei forçar pra que voasse. Caiu no chão na mesma hora e nem soube o que cantar. Simplesmente, não cantou. Pensei em gritar, mas sempre me diziam que meus gritos nunca me fariam chegar a lugar algum. Não soube o que fazer. Nunca soube. E não pense que inventarei um final sem interrogações pra essa história, porque não inventarei. E, mesmo se houvesse entendido o porquê delas ficarem piscando, não desvendaria o mistério assim, como se fosse mágico iniciante, empolgado com uma nova mágica aprendida.
Sei que não é explicável a sensação, de quando a noite chega e eu olho lá longe, aquelas pessoinhas. Fico boba. Balançando a mão em movimentos rápidos de uns 180º. Indo e voltando. Falto abraçar todas as pessoinhas, e encaixá-las lá no céu, que é o lugar delas.
E quando as via, piscando feito pessoinhas alegres e brincalhonas, eu pensava: Minha nossa! Será que um dia, eu vou estar lá, junto com elas? Será que um dia, vão me olhar brilhando assim e sorrindo tanto?
Ainda há o mistério de todas aquelas pessoinhas. Alguns dizem que aquelas luzes que vemos de longe, são simplesmente as luzes das casas, dos carros e dos postes. Mentem assim, no maior cinismo.
Mas, mal sabia eu, que lá longe, as pessoinhas também olhavam pra mim, como o mesmo olhar com o que eu as olhava. Com a mesma admiração e com as mesmas perguntas. Sentiam-se bem quando me viam e, me viam piscando o tempo inteiro. E lá longe, as pessoinhas me viam como pessoinha. E eu aqui, as via como pessoinhas.
Fico sonhando com o dia em que nós, serenamente, olharemos para o nosso baú de sonhos e enxergaremos, lá no fundo, uma multidão de pessoinhas alegres, sonhadoras, esperançosas, fortes, honestas e de bom coração, que guardamos dentro de nós. Será que um dia, as pessoas perceberão que são pessoinhas? Que são o céu que contemplam e todas as coisas que lá existe? É tão bonito, um bando de pessoinhas juntas. Sei lá... Fica uma alegria sincronizada, apesar da bagunça.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cora Coralina

Me fez encher os olhos de emoção, brilho e água com sal, seguido de um sentimento de não sei o quê.

Humildade
"Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa."


( Cora Coralina )

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

INCLUSÃO

As diferenças que nos tornam iguais.

Seria mesmo hipocrisia dizer que todos somos iguais. Não somos. Nunca fomos iguais e creio que nunca seremos. É o mesmo que dizer que a maçã tem o mesmo gosto do morango ou que todos os felinos têm que ser da espécie dos gatos.
Acontece que o mundo inteiro insiste na ideia de que todos devem ser do mesmo jeito. De que todos devem usar as mesmas roupas, ter a mesma cor de cabelo, ter a mesma religião, frequentar os mesmo lugares, ter a mesma cor de pele, pertencer a uma determinada classe social, ter o mesmo celular do momento, gostar de um único estilo musical, ter o mesmo jeito de andar, ter o mesmo jeito automático de movimentar os braços e o mesmo jeito alienado de olhar o mundo. Acontece que o mundo inteiro ainda não se deu conta, de que tudo isso que eles cobram que deveria ser uniforme, é secundário demais pra ser discutido. É bobo e inútil demais pra ser discutido. Não devem saber ainda, que pouco importa a cor da pele ou o traje que nós carregamos. O que importa mesmo, é a bagagem de dentro. Aquilo que ninguém vê e por isso, tentam encontrar um jeito de diminuir alguns e exaltar outros, com o que acham que enxergam.
Acontece também, que o mundo inteiro perde tanto tempo julgando aquilo que os olhos cruéis enxergam, que acabam não se dando conta de que o mundo está apodrecendo em preconceitos. Mas se ao invés de perdermos tanto tempo pensando em qual cor de pele é mais ou menos importante, ou em qual é o perfil que deveriamos mais respeitar, começassemos a cobrar um perfil ético e moral descente, garanto: o tempo seria muito bem gasto e as pessoas muito mais felizes. Pelo menos ofendidos, não seriam.
Por favor, não seja um falso moralista. Se você consegue ver um irmão passando fome e não é capaz de ajudá-lo e mesmo assim, consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente, é o mais imoral de todos. E ai meu caro, não importa a tua cor, não importa a tua religião, não importa a tua vestimenta e muito menos a sua posição diante das classes econômicas do capitalismo, você será mais miserável do que ele e do que todos os outros que você julga ser digno de pena.
Por favor, exija bom caráter. Só ele pode acabar com as cicatrizes que podemos causar nos outros. Por favor, esqueça o preconceito das cores claras ou escuras. Elas ficam tristes e se descolorem por saber que são usadas pra ofender. Por favor, lembre-se de ajudar o mundo e, antes que me perguntem como, já deixo claro que um copo de água já ajudaria. Por favor, não pense que alguém escolhe ser "sujo", ser pobre ou ter nascido na rua.
Porque apesar das claras diferenças, somos todos iguais. Merecemos o mesmo respeito, as mesmas condições, o mesmo tratamento e a mesma compaixão. E no final, ninguém vale mais e nem menos que ninguém.
Por favor, paremos de esconder os raios do sol que alguns nem chegaram a conhece-los. Sei que se o conhecessem, se surpreenderiam tanto, tanto e tanto, que até aprenderiam a ser felizes. E quem somos nós, pra esconder a felicidade das flores?

Ontem foi o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Os apoio de todo o coração. Espero mesmo que o lema seja a "inclusão" em todos os sentidos. Que "inclusão" não esteja apenas estampado em nossas blusas ou naquilo que falamos e pouco sentimos. Que realmente possamos todos, destrancar os nossos corações e começarmos a ver o próximo, como um irmão. De fato, é aí que começa a primavera. ^^

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Teatro Mágico







Foi o show mais lindo que já fui! :) O Teatro Mágico ficou o dia todo na minha cabeça hoje, portanto, enchi o blog com videos deles. Baisers :*

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Esse amor

É que quando a gente se apaixona por Deus, tudo começa a se apaixonar pela gente. Inclusive a vida.
 É como se esse fosse o segredo para vivê-la. O segredo para realmente vivê-la. É como se esse fosse o segredo para não só estar aqui, aonde estamos, mas para viver e sentir tudo isso que somos. E tudo o que um dia nunca foi passivel de sentido, agora é.
As sensações vividas chegam a ser mais intensas e inexplicáveis, tal como deve ser o que chamamos aqui, de amor. Não seria esse (o amor), o conjunto de todos os sentimentos bons, que geraria uma sensação chamada amor? É que com Deus, a sensação parece sempre ser essa: de um constante amor, que nunca ameaça ir embora.

Ps: Comecei a ler "Os miseráveis" hoje, do Victor Hugo. Ojalá sea bueno. õ/
Ps²: Eu vou ter que dedicar todos os "Ps" pra Ranny, não tem como, rs. Obrigada de novo Ranny! *-* Vi outro textinho meu no seu perfil, e mais uma vez fiquei super alegre. Não tenho como agradecer á altura, portanto, obrigada. E obrigada por falar de mim no seu twitter e por não hesitar em mostrar o blog *-* ( Espero que dessa vez você não esteja triste. E se estiver, espero que não fique mais)
Ps³: Ainda tem outros "ps", mas completo quando eu chegar do Francês :/ Baisers