quinta-feira, 13 de maio de 2010
O jardim
Esse jardim que existe nesse interior, pode ser facilmente florido. A simples presença de outro jardim, o faz ficar colorido. Depois vem os sorrisos, que pintam as flores que tinham cores mortas. Vem os abraços, que deixam todas as flores juntinhas, formando um desenho abstrato de um sentimento até então, abstrato. Logo em seguida, vem uma voz tranquila, que parece música. A voz começa a despertar todas as borboletas que estavam se escondendo em seus casulos. E elas começam a se abrir, junto com as tulipas vermelhas e amarelas. Mas esse jardim, precisa de muitas flores para se sentir colorido. Tem uma certa necessidade dessas flores a todo instante. Esse jardim pensa demais que talvez não seja tão colorido, para abrigar outros jardins. E então, o jardim sente vontade de apagar todas as suas flores, com apontadores. E não consegue. Não consegue mais. Ele quer cultivar uma única flor. E quer ver essa única flor, sorrindo por ai. Dentro dele. É como se agora, se a flor sorrir dentro do járdim, o meu coração fica em paz. Mas se a flor se fecha, o jardim pensa que ela nunca se abriu...
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