quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pedido de um coração cheio de tudo.


O coração disse: Um pouco de descanso e de solidão! Só hoje. Por favor.
Foi em um tom sereno, porém, desesperado. Parecia que era algo que estava preso ha mêses, dentro de um pequeno copo, que lutava com todas as forças para suportar mais dois litros de veneno.
Resolvi obedecê-lo. Não conseguiria massacrá-lo e mascará-lo por mais um dia, ou por mais alguns segundos. Foi quando me desliguei desse mundo e entrei no meu. Não sei como fiz. Talvez hoje, eu tenha enxergado os fios de rotina que eu poderia cortar. E aí, tudo ficaria bem, e voltaria ao "anormal", assim como o coração pedia(ou suplicava).
Com um ar de revolta, peguei o copo sem delicadezas, e despejei todo o conteúdo amargo. Nunca pensei que fosse tão simples resolver o problema, de um coração que pedia por solidão, hoje. Demorei muito a escutá-lo. Ou demorei a acumular forças, para realmente largar tudo, sem temer a perca e os danos. Demorei a perceber, que é quando largamos tudo, que descobrimos o que não largariamos novamente. E descobrimos aquilo que também não nos largaria, mesmo quando nós mesmos estivessemos soltos, caindo no meio de um túnel sem fim.
O coração hoje pediu pra que as regras e as obrigações sumissem de vez. Pediu pra que ninguém lhe cobrasse uma explicação ou uma justificativa para tudo. Pediu para sermos invisiveis hoje. Para que ninguém visse o tom meio desbotado desse vermelho. Pra que ninguém tivesse o coração manchado, com todas as verdades que eu sempre quis gritar.
O coração hoje, pediu um pouco de paz. Uma música de fundo. Uma caneta e algumas folhas em branco. E borrachas. Ele me disse que tinha planos de apagar tudo aquilo que não lhe acrescenta nada, e aquilo que tenta sugar as energias boas que ele recebe. E desenhar novas flores, novos risos, novas lárgimas, novos obstáculos, novos chocolates, novos gostos, novos cheiros, novas cores para as minhas boboletas. E apagar, essa ausência dos ninguéns.
Hoje eu precisei, largar tudo. Sem dizer a ninguém o motivo. Simplesmente para sentir, que eu posso me desligar sim. Quando eu quizer. Na hora que eu desejar. Assim, com total facilidade. Imagino, Imagino. E então... acordo no meu mundo. Longe desse que tive que voltar. E então...eu levo aqueles que eu descobri que não aguentaria simplesmente, largar. Os pego com total delicadeza, e coloco no copo( agora perfumado). No copo que aos poucos, vai se sentindo menos só. Engraçado. A medida que alguns vão saindo e que vão ficando poucos, o copo vai se sentindo mais completo... Tenho começado a selecionar o conteúdo do meu copo de cristal, sim.
Por favor...não acredite no pedido de solidão, não.



ps: Ganhei a rosa da prima mais linda do mundo *-* junto com uma mexerica super hiper mega gostosa. *-* e uma blusa fofa. E um abraço apertado.*-* aaaah, amei. Obrigada por fazer com que eu me sinta amada. Tãão amada.

tchau