quinta-feira, 29 de abril de 2010

A donzela



A donzela não tem se sentido bem no meio das outras. Talvez seja a fase da sala de espelhos, onde apenas os reflexos importam, e nada mais. Ou apenas o humor mutável, que agora tem gritado por um pouco de silêncio e de paz. E esses cochichos sempre fizeram mais mal à donzela, do que os próprios gritos e berros. E ninguém nunca entenderá isso, da forma como a donzela queria falar. Por falar em entender, a donzela também nunca pediu pra que a entendessem. Sempre deixou claro como nuvem, que ninguém tinha por obrigação, entendê-la. Mas, consequentemente, ninguém tem por direito, opinar sobre a sua vida monótona e sózinha, querer mudar a sua maneira tão rara de sorrir de verdade ou querer influênciar na maneira particular de ver a vida.
Aliás, gostaria de deixar claro, que a donzela tem uma capacidade incrivel de conseguir voar com as próprias asas. Ela sempre fora independente o suficiente, para ter o seu orgulho de não querer pedir nada a nenhum outro coração e cabeça. Mas sempre precisou de demonstrações de afeto e de abraços continuos. A donzela chorava como adulta quando era criança. Mas fazia tanta gente sorrir, quando pintava a sua inocência em suas palavras erradas. A donzela corria atrás de borboletas, porque acreditava que se juntasse várias por alguns dias, conseguiria voar, ainda melhor que uma única borboleta. A donzela acreditava que as flores laranjadas, eram suas amigas. E eram. Quando todos saíam por aí, pelas estradas da vida que agente desenha...A donzela, silenciosamente, colocava seu vestidinho rodado, amarelo e com um desenho simples de sorvete, e ia atrás das flores laranjadas. Ela se sentia tão completa no meio de tantos pontinhos laranjas. Chegava a imaginar o que elas conversavam entre si, e a angustia quando ela tinha que se despedir. A donzela sempre imaginou que as pessoas que amam as outras, deveriam ficar tristes quando chegava a hora da despedida. E era assim. As flores choravam caladas, e a donzela também. E no outro dia, começavam as novas conversas com as flores. E a alegria estava completa quando, sutilmente, uma borboleta se debruçava, em um movimento puro e singelo, encima das pétalas que a donzela tanto admirava.
A donzela tem se sentido longe das flores. Tem se sentido alheia ao mundos de todas essas flores. A donzela não quer continuar sendo tão doce, com flores que parecem não gostar tanto de doce. Umas pitadas de sal, mudariam a donzela. A donzela pode ser tão fria, se provocada. Mas, é a ultima coisa que deseja ser. Provocada.
Reciprocidade nos doces. Reciprocidade nas pétalas. Reciprocidade nos olhares.
A donzela precisa ser raptada. Raptada por um dia. Por um único dia, perder tudo. Perder tudo que todos acham tão importante...Mas que para a donzela, não passam de pequenos detalhes descoloridos.
A donzela existe! E as flores também.
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Ps: Respondendo ao comentário do Ronaldo... Oi Ronaldo x) Sou eu sim que escrevo todos os textos e poemas daqui do blog ^^ Muito obrigada pelo comentário aqui. É verdade. Não digo que seja o que desejamos "possuir"...Mas, o que desejamos que esteja sempre com a gente e participe da nossa vida, nos inspira. Até mesmo as coisas que nunca desejáriamos possuir, acaba influenciando nas coisas que escrevemos. ^^ Como achou esse blog bobo? x) Um beijo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Não sentimento.


Me acordaram com tapas. Corri contra um humor que eu sabia que não ia me fazer feliz hoje. Dei um pulo gigante quando olhei pro relógio, que sempre me assusta. Um tanto de água, que deveria ser morna. Mas hoje, ela oscilava entre o absolutamente quente e o frio. Nem me importei. Agora eu corria contra a água que saia do chuveiro. Parecia devagar demais, comparado com a minha pressa. Me olhei no espelho, e procurei o sorriso mais apropriado pra hoje. Não encontrei nenhum que coubesse. Imaginei todo o caminho, imaginei todas as pessoas, todas as mesmas conversas de ônibus, todos os olhares falsos que eu tinha que tolerar, todas as pessoas que sugam os meus bons humores e tudo aquilo que eu teria que aguentar, mesmo achando tão besta. Faz uns dias, que prometi a mim mesma, que não sorriria sem querer. Então, nem me importei em pegar um sorriso pra hoje.
Sim. Fui obrigada a olhar coisas que eu disse que não queria olhar. Algumas mentes que acham que são melhores que outras, outras que não fazem aquilo que deveriam fazer, outras que só conseguem pensar em inveja, outras que não sabem cuidar da própria vida, outras que mal nos conhecem e contam tudo sobre a vida e sobre os amores delas(na minha terra, isso tem nome, e é PSICOPATA).
Abaixava a cabeça, tentando dormir ali mesmo. E nem notei que era tão desconfortável. Tentei não escutar nada quando fechei os meus olhos. Mas, as mesmas vozes me aguniavam cada vez mais.
Algumas vozes me confortaram, mesmo sem saber.
E então, faço o mesmo trajeto de todos os dias como hoje.
ANDAR RÁPIDO, AS ÁRVORES, UM LUGAR MOVIMENTADO, PASSA PERTO DO CAIXA ELETRÔNICO, ATRAVESSA A FAIXA, OLHA AS BLUSAS BARATAS, AS SANDÁLIAS FEIAS DE PLÁSTICO, O MESMO VENDEDOR DE DVD's VENDENDO OS MESMOS DVD's DE SEMPRE, COLCHÕES QUE ME CHAMAM COVARDEMENTE, ESPELHOS EM UMA LOJA DE MÓVEIS, O MESMO SHOW DA BEYONCÉ PASSANDO NA TV DA LOJA, COMPRA SUCO, DESCE CORRENDO, ENTRA ATRASADA E SAI MORTA.

Não. Tudo o que eu sinto hoje, não cabe em mim.
Sabe, me bateu uma vontade de não terminar o post...
Simplesmente deixar inacabado, como muitas outras coisas que hoje ficaram.
Sim, farei isso...




Tchau.
Vou tentar dormir, ou escrever um pouco mais.

Ei, moço.


Ei! Senta aqui comigo,
que eu também não quero ouvir ninguém agora.
Preciso de um abrigo silencioso e secreto,
onde tudo que desejo está perto.
Onde nada soe tão falso,
como todas as coisas que já passaram por este banco.

Ei! Pode encostar a cabeça nos meus ombros.
Tentarei não me mexer muito.
Se puder, olhe calorosamente nos meus olhos.
E se não for pedir tanto,
quando eu lhe pedir um abraço longo,
não me olhe com tanto espanto, não!
Apenas segure as minhas mãos frias,
e me ajude a sair da solidão.

Ei! Pode também, deitar a cabeça no meu colo.
Não me importo!
Pra falar a verdade, até gosto.
Talvez assim,
eu me sinta bem, para lhe dizer tudo aquilo,
que você já sabe.

Ei! Me tira daqui, agora.
Eu não me importaria em desaparecer por algumas horas.
Me leva pra onde eu consiga respirar melhor.
Onde o ar não seja tão abafado assim.
Onde as gentilezas não sejam apenas uma obrigação.
E sim, apenas puro afeto, e nada mais.

Ei! Você está sumindo como todos sumiram.
Ei! Pra onde você está indo??
Ei! Este banco sempre esteve vázio?
Ei! Ei! Ei! Ei...

sábado, 24 de abril de 2010

Os detalhes.


Crianças na rua, transbordando uma alegria,
que outros não seriam capazes de enxergar.
Escurece.
Feixa o céu e a face,
da criança que quer acordar antes de dormir,
para brincar de rir atoa.

Gatos se escondendo debaixo dos carros.
Observando discretamente
os passos apressados dos tolos,
que não param pra amarrar o cadarço,
do próprio sapato,
que lá na frente vai os derrubar.
Sim. O Gato vai enxergar.
E vai rir, indiscretamente, sem parar...

Carros vão se escondendo na garagem apertada,
da casa do moço,
que tem pressa pra viver.
Dizem que ele, tem tanta pressa,
que não tem mais tempo pra sorrir.
Mas a solidão, consegue acompanhar seu tempo corrido.

Alguns vão deixando interrogações,
em corações que precisam ser alimentados,
com abraços e beijos ternos,
e não com ocultações de amor e de afetos.

Vira e mexe
Um barulho me assusta,
lá do outro lado da janela
que eu não posso enxergar.
Pode ser que seja a lua
jogando as estrelas que eu tentei arrancar.

Ou pode ser que seja apenas,
o cantar dos grilhos,
com a intenção de acalmar meu sono, meus sonhos...
Ou de mudar os meus pensamentos,
que hoje foram longe...Mas que sempre acabam voltando a um único pensamento.
O mistério indisvendável do coração que já se desvendou.
É entendível?

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PS: Fui fotógrafa por mais um dia *-* E a cada dia, minha vontade de ser fotógrafa, aumenta. Ah...Como é lindo poder parar um momento, pra sempre.
PS²: Outra música perfeita da Feist- The limit to your love. *-* Ela é extremamente ótima.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pedido de um coração cheio de tudo.


O coração disse: Um pouco de descanso e de solidão! Só hoje. Por favor.
Foi em um tom sereno, porém, desesperado. Parecia que era algo que estava preso ha mêses, dentro de um pequeno copo, que lutava com todas as forças para suportar mais dois litros de veneno.
Resolvi obedecê-lo. Não conseguiria massacrá-lo e mascará-lo por mais um dia, ou por mais alguns segundos. Foi quando me desliguei desse mundo e entrei no meu. Não sei como fiz. Talvez hoje, eu tenha enxergado os fios de rotina que eu poderia cortar. E aí, tudo ficaria bem, e voltaria ao "anormal", assim como o coração pedia(ou suplicava).
Com um ar de revolta, peguei o copo sem delicadezas, e despejei todo o conteúdo amargo. Nunca pensei que fosse tão simples resolver o problema, de um coração que pedia por solidão, hoje. Demorei muito a escutá-lo. Ou demorei a acumular forças, para realmente largar tudo, sem temer a perca e os danos. Demorei a perceber, que é quando largamos tudo, que descobrimos o que não largariamos novamente. E descobrimos aquilo que também não nos largaria, mesmo quando nós mesmos estivessemos soltos, caindo no meio de um túnel sem fim.
O coração hoje pediu pra que as regras e as obrigações sumissem de vez. Pediu pra que ninguém lhe cobrasse uma explicação ou uma justificativa para tudo. Pediu para sermos invisiveis hoje. Para que ninguém visse o tom meio desbotado desse vermelho. Pra que ninguém tivesse o coração manchado, com todas as verdades que eu sempre quis gritar.
O coração hoje, pediu um pouco de paz. Uma música de fundo. Uma caneta e algumas folhas em branco. E borrachas. Ele me disse que tinha planos de apagar tudo aquilo que não lhe acrescenta nada, e aquilo que tenta sugar as energias boas que ele recebe. E desenhar novas flores, novos risos, novas lárgimas, novos obstáculos, novos chocolates, novos gostos, novos cheiros, novas cores para as minhas boboletas. E apagar, essa ausência dos ninguéns.
Hoje eu precisei, largar tudo. Sem dizer a ninguém o motivo. Simplesmente para sentir, que eu posso me desligar sim. Quando eu quizer. Na hora que eu desejar. Assim, com total facilidade. Imagino, Imagino. E então... acordo no meu mundo. Longe desse que tive que voltar. E então...eu levo aqueles que eu descobri que não aguentaria simplesmente, largar. Os pego com total delicadeza, e coloco no copo( agora perfumado). No copo que aos poucos, vai se sentindo menos só. Engraçado. A medida que alguns vão saindo e que vão ficando poucos, o copo vai se sentindo mais completo... Tenho começado a selecionar o conteúdo do meu copo de cristal, sim.
Por favor...não acredite no pedido de solidão, não.



ps: Ganhei a rosa da prima mais linda do mundo *-* junto com uma mexerica super hiper mega gostosa. *-* e uma blusa fofa. E um abraço apertado.*-* aaaah, amei. Obrigada por fazer com que eu me sinta amada. Tãão amada.

tchau

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Eu aprendi...


Eu aprendi que pedir abraços e beijos é permitido. Que ser o que somos, já é um grande passo para a paz interior. Que quando agente gosta de algo e de alguém, o resto das coisas passam a ser secundárias. Aprendi que tem horas que agente gostaria que o tempo parasse para o resto do mundo, menos para algumas pessoas. Mas que depois voltasse ao normal. Aprendi que não tem como tirar um sorriso do rosto, quando é outra pessoa que o provoca. Aprendi que eu devo pedir os abraços e os beijos quando eu sentir o meu coração gritando por eles. Aprendi que o meu coração pode realmente gritar. Aprendi que não tem como esconder de nós mesmos, aquilo que o nosso coração pede. Aprendi que o "tchau" não significa apenas ser "amargo". Mas significa uma "saudade necessária". Aprendi que eu devo explodir, quando quizer levá-lo para o meu mundo. Aprendi que não adianta mais. Aprendi que, por mais que eu tente vendar o meu coração, ele já sabe o que quer.


/ Estou com muito sono. E acho que estou ficando gripada, não sei. :/
Então o post ficou uma merda. :/ Mas enfim... Amanhã eu concerto! Não. Amanhã eu apenas faço outro.(?) haha bgs

terça-feira, 20 de abril de 2010

A continuidade do hoje.


Esta tarde, algo me em mim me surpreendeu, mais uma vez. O meu interior, que sempre pedia umas doses do "absolutamente novo" e das "mudanças instantâneas", hoje pediu apenas uns copos de "continuidade". Continuidade daquela simplicidade íncrivel, que é poder deitar na grama e não se importar com as graminhas no cabelo quando se levantar. Que é poder olhar o céu, assim, sem pensar que perdeu algum tempo precioso de sua vida. Sem se importar com o relógio e com o toque bobo do celular. Continuidade daquela simplicidade íncrivel que é, simplesmente, poder olhá-lo (dessa vez sem medo de que o meu coração esteja tão transparente) e de que todos descubram o quanto ele arde quando olha para o que hoje, esteve tanto tempo ao nosso lado. Simplicidade que é poder tocar as mãos, daquele que faz as minhas, não conseguirem ficar paradas e secas. Que é poder ouvir a voz, que ultimamente eu tenho precisado escutar. Meu coração tá meio bobo, ainda. Mas, algo me disse que a minha maior vontade era ficar alí. Olhando o céu azul se transformar na imensidão de cores escuras, com poeiras de estrelas, que com toda a certeza do mundo eram os seus sorrisos, a sua voz, o seu pensar e o seu coração, que haviam se transformado em estrelas.
Continuidade.
Se eram copos de continuidade que eu pedia, estou aqui, continua.
Estou dando continuidade ao "pensar em você", ao "pensar no céu", ao "lembrar da sua voz". Dando continuidade ao sorrisos, que hoje foram sorrisos da alma, mesmo! Sem nenhum esforço. Sem nenhuma obrigação. Simplesmente, foram sorrisos da alma. E esse foi o meu maior copo de "continuidade". E que junto com a minha continuidade, venha a intensidade...O parar no tempo.
Quanto a simplicidade...é. As simplicidades são mesmo o que nos colore. O resto, são apenas detalhes.

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Hoje eu queria muito contar a história linda da moça da lotação, e do filho mais lindo e encantador do mundo. Mas...Acho que deixarei esse post pra amanhã ou pra mais tarde. Mas, que Deus continue os iluminando.

Ps: Estou com a música PEEEEERFEITA da Feist na cabeça. "So Sorry". Como é extremamente linda essa música. Talvez seja apenas comigo, ou não, mas ela passa uma energia linda *--* aaaaaaaaaaah.

" Oh we, we could hold each other tight. Tonight. " (8)

domingo, 18 de abril de 2010

O que eu sempre quis falar.


... E então, o silêncio preenche a sala inteira. O carro e a cozinha. E eu sempre odiei o silêncio, quando ele vem pra incomodar. Aquela respiração aflita e aquelas ações pensadas, pra que nada saísse do planejado. Somente o barulho da tv, que em busca de menos silêncio, estava no volume máximo. E mesmo assim, o silêncio era angustiante. E de repente, vem ele novamente, me falando sobre o último jogo e sobre o próximo jogo do seu time preferido, que por uma necessidade, o fiz acreditar que também era o meu time preferido. Mal sabe ele que aquelas novidades nunca me interessaram de verdade. Mal sabe ele, que pouco me importa os gols ou qualquer outra noticia sobre o "nosso" time preferido. Ele não sabe até hoje, que a minha empolgação e as mesmas perguntas automáticas de sempre, eram apenas pra eu sentir que tenho feito algo pra quebrar o "nosso" muro. O muro que foi bem planejado, desde muito tempo atrás. Com tijolos amargos que vinham a cada ano. Que caíam no meu coração, e que com o tempo, me fizeram duvidar que ainda existia um coração em mim. Sim, o muro não foi proposital. Sim, Deus sabe o que faz. Sim, talvez eu não tivesse os mesmos pensamentos hoje. Sim, as coisas acontecem porque deveriam acontecer. Mas a verdade é que infelizmente, eu sempre achei hipócrita todas essas explicações de quem nunca soube o que falar, e aí sim, deveriam ficar em silêncio. Podia sim ser diferente. Podia sim ser diferente. Podia sim ser diferente. E não foi por falta de fechar o olho antes de dormir, e fazer pedidos, que não foi diferente.
Certo tempo se passou. Não tenho nenhum tipo de "ferida negativa", não. Queria deixar isso claro, hoje. Deixar isso claro pra mim. Tenho repetido isso todos os dias. Eu preciso ter a certeza de que nada ficou mal apagado. De que antigas lágrimas não viraram pedras dentro do coração, que eu tenho alimentado com flores coloridas, pra que vire járdim.
Eu sempre amei o meu mal. Eu sempre amei aquilo que eu sempre tive medo. Eu sempre amei os dois monstros que guardei. Mas eu amei, porque era eu, a única reconhecida e protegida...Era eu, a única que mesmo na loucura, continuava sendo a mesma. Que continuava sendo a Laís Stefâni dos Santos Mota.
... Acordei para recebe-lo. Senti uma vontade longa de abraçá-lo. No impulso parei perto de você. E você seguiu o seu caminho. Eu segui o meu. E sempre deve ser assim.


Eu te amo.

sábado, 17 de abril de 2010

Céu.


Sim. Hoje passei muito tempo olhando para o céu. Algo não me deixou dormir, sem olhá-lo. Talvez ele me lembre muito, aquilo que eu seria incapaz de esquecer, e aquilo que eu tenho lembrado todos os dias durante grande parte dos meus 1440 minutos.
Fazia muito tempo que eu não parava pra admirar a simplicidade de uma das coisas mais incríveis do meu universo. Antes de olhá-lo, o imaginei. Imaginei uma imensidão com várias tonalidades de azul. E nada mais.
Foi quando fui para o banquinho de madeira que ficava bem distante de tudo, e que trazia a ilusão de que estava um pouco mais perto do céu, solitário no meio de muitas árvores que hoje haviam perdido o movimento de todas as suas folhas. Elas pareciam tão quietinhas e tão sózinhas, no meio de tantas outras árvores. O vento hoje havia se escondido atrás das nuvens, ou simplesmente não queriam balançar o meu cabelo, o meu vestido e as folhas que eu segurava, como de costume.
Sentei, olhei pro céu e fiquei encantada quando vi uma nuvem toda iluminada. Branquinha como algodão, tentando esconder de mim, que eu estava em um dia ensolarado.
Mais longe um pouco, avistei um pássaro, que com sutis movimentos nas asas, conseguia flutuar por entre os ares, que até pareceu leve e cheio de sorrisos, hoje.
Foi quando me veio o silêncio. Percebi que talvez não fosse tão normal, uma menina, sentada em um banquinho no meio do nada, olhando durante horas, pra algo tão "normal". Ignorei esse fato, e senti que haviam muitas árvores me olhando. Gigantes, extremamente verdes e muuuito vivas. E havia uma única, lá longe, que o vento havia presenteado com alguns movimentos que nenhuma outra árvore podia fazer. E ao lado de todas elas, haviam algumas flores coloridas que eram como as "protegidas" de todo aquele bosque. Tão pequenas, tão intactas, tão alheias. Tão alheias a minha presença, que pra elas não foi nem um pouco notória.
Tantas coisas lindas ali, juntas. Foi quando me veio a vontade de mandar uma mensagem, através do céu, para alguém que me "fez" olhar o céu hoje. Mas, tinham tantas palavras dentro de mim, que elas inventaram de sair na mesma hora, e ficaram disputando um espaço no céu. No começo sairam coisas aleatórias e secas. Ainda tenho medo de ser tão doce quanto quero, e acabar sendo enjoativa como todos os outros doces, que nos deixam com sede de água e não com sede de mais doces. Você, encantar, gostar, incrivel, feliz, seu coração, acelerar, meu coração, sempre, vontade, vê-lo. Sairam coisas assim, com sentidos individuais. E então, me veio a frase de um filme na cabeça. Algo tipo: "Porque todos os dias quando acordo, a primeira coisa que procuro e quero ver é o seu rosto". E ouvir a sua voz, e sentir a sua presença. Mesmo que seja de longe. Mesmo que a sua voz esteja falando coisas que não tenham nada a ver comigo, ou que a sua presença não tenha nenhuma ligação com a minha presença. Não sei escrever essas coisas no céu. E demorei muito pra conseguir escrever aqui, hoje. E você pra mim, durante um certo tempo(até hoje?) foi tipo o céu, que se tem tantas coisas pra descobrir, mas que esteve tão longe. Tão longe. Mas que é tão lindo. Não apenas por ser azul e íncrivel, mas por ser encantador, quando ninguém mais é. E por isso meu coração insistente, fica tentando dar pulos maiores do que pode, pra alcançar esse "céu". Não sei explicar. Não sei explicar. Quando o assunto é o "céu", não consigo explicar muita coisa. Parece que tudo o que eu quero explicar, fica preso dentro de mim. E fica com medo de sair. Medo de ser perder aqui fora. Medo de ser inútil como quaisquer outras explicações normais.
Sim. O céu e tudo o que vi hoje, traz a mesma sensação de quando estou perto de você, sem mais nada disso que todos chamam de encantador no resto do universo. Quando estou simplesmente perto. O resto passa a ser normal. E eu encontro outro fato incrivel pro meu universo.


Isso. Acho que já falei demais por hoje.

terça-feira, 13 de abril de 2010

BEIJOS


Feliz dia do beijo :) Que todos os dias, sejam dia dos beijos. Não necessariamente aquele em que encostamos nossos lábios nas boxexas de outrem, na testa e na boca. Que todos os dias, possamos dar beijos no coração dos outros. Simples detalhes, podem ser os beijos doces que faltavam para as coisas estarem no lugar. Pra se ter alegria, pra colorir o dia e pra crescer a magia que estava apenas esperando um "beijo" pra crescer. As vezes os olhares solidários são os beijos, os abraços de confortos são os beijos, os desejos de "bom dia" são os beijos. Porque, "beijo" significa "tocar de leve". E sinto meu coração sendo beijado, sempre que me "tocam de leve", mesmo que de longe.
É que um beijo pode significar sentimento ou não. É que um beijo pode significar muito ou não.
É que existe o beijo de judas e o beijo de paz. E eu desejo hoje, e todos os futuros dias, que os beijos sejam sempre tocados com leveza...Que sejam sempre beijos, independente de qualquer definição que exista. Que ele não seja APENAS um beijo... Que ele signifique mais que essa palavra. Que ele signifique o calor dos corações que sentem frio.

BEIJOS :*

EU SOU UMA ESTÁTUA VIVA.

Não faz muito tempo. Devem fazer umas 4 horas. No meio de tanta gente que corría; no meio de tanta gente que estava atrasado pro trabalho; gente que ia buscar o filho na escola; gente que ia encontrar o namorado; gente que ia sacar dinheiro no banco; gente que ia comprar um presente de ultima hora; gente que ia passar o tempo andando pelo shopping; gente que estava com fome e sem dinheiro pra comprar comida; gente que tinha perdido o dinheiro da passagem; gente que andava tão rápido que não conseguia enxergar nada que passava por elas... No meio de toda essa gente, eu consegui admirar um. Eu consegui admirar um, que estava alí, parado encima de um degrau. Seu rosto estava escondido, coberto por uma tinta branca, que mais parecia máscara. Mas eu o admirei. Consegui ver aquilo que ele não precisou desenhar.
Foi quando corri, parei em sua frente e gritei a minha mãe. É que achei tão incrivel alguém que conseguisse ficar alheio à tudo que se passava em sua frente, alheio à toda aquela correria que o rodeava. Foi quando parei em sua frente que começaram a juntar mais e mais pessoas, que paravam por 5 segundos e logo continuavam correndo. Mas eu continuei parada. Olhando fixamente pros olhos fechados da estátua viva. Foi quando juntei as moedinhas da bolsa, as contei e coloquei no potinho branco que, por estar no meio de pessoas tão apressadas, era preso por uma corrente grossa e prata, acho que ela significava confiança naquele momento e naquela situação.
Então, a estátua viva (que antes era como pedra), foi se mexendo. E com um gesto singelo e doce, agradeceu as moedas, sem precisar dizer uma palavra sequer.
Achei algo que explique o que sinto ha tanto tempo. Me chamou a atenção. Me chamou a atenção descobrir alí, do nada, que eu sou uma estátua viva também.
Assim que sempre me senti, e nunca tive palavras ou exemplos pra descrever.
É que tudo está passando por mim. É que tudo está correndo e o automático está ligado. É que tudo está correndo e apenas eu estou andando. É que tudo tem pressa e apenas eu me atraso. É que as coisas as vezes param, se interessam por mim e quando eu também me interesso por elas, eu tenho que esperar os depósitos de boas atitudes e bons sentimentos na minha caixinha. Só assim poderia, com outro gesto doce, devolver as boas atitudes e os bons sentimentos. Mas algumas vezes, as pessoas apenas param, olham, admiram, pensam um pouco, falam o quanto gostaram da estátua viva...e simplesmente, voltam a correr. E então, a estátua cai no esquecimento mais uma vez.
Eis que outras vezes, as pessoas depositam o que tem de melhor em suas próprias caixinhas. Elas compartilham os MELHORES sentimentos, as MELHORES atitudes e os MAIORES sonhos. E então, a minha caixinha se enche de coisas boas, que no final do dia, são guardadas em uma caixinha ainda mais preciosa. Quando essas pessoas resolvem dividir comigo as suas caixinhas, resolvo sair da inércia, e começo a cantarolar por dentro. E por fora, os gestos dizem o que eu gostaria de dizer, mas sem usar as palavras.
Sim, eu sou uma estátua viva. Meu corpo é a estátua. Minha alma que vive. Minha alma que agora, está chamando mais caixinhas. É ela que agora, mais do que qualquer outro dia, está PEDINDO uma caixinha que consiga compreender, acolher, abraçar, segurar no colo e fazer cafuné no cabelo por horas. É ela que agora, se sente um pouco só... Como se todas as coisas que já houveram em sua caixinha, houvessem sumido, assim, DE REPENTE.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

SEGUNDO POST TÁ.

Sim, esse é o segundo post de hoje, porque o Ed(amigo queridissimo que vai me ligar no dia do meu aniversário*-*) disse que tava com saudades de posts que tivessem os meus desabafos,rs. Então, começo aqui...O meu segundo post de hoje, graças ao Ed,rs.
Bom, acordei e dei de cara com um gato pulando a janela(não me peçam pra explicar, porque eu creio que estava dormindo enquanto tudo acontecia, e só peguei a parte final). O que sei, é que todos aqui me chamam de louca quando saio trancando tudo antes de dormir. E hoje, acordaram assustados quando fiz questão de gritar, pra verem que devem DEIXAR AS JANELAS FECHADAS,rs. Fora essa ANORMALIDADE, as coisas foram bem monótonas hoje.
Eu prefiro não comentar a saída da escola. Sei lá. E também prefiro não comentar a hora que a minha amig me ligou me contando coisas que eu não queria ouvir mesmo :O mimimi. Enfim. "Deixa ser como será, eu vou sem me preocupar".
Tive provas de inglês e de espanhol hoje no cil. *-* Se eu pudesse ir pro CENTRO INTERESCOLAR DE LÍNGUAS apenas nos dias de prova, ficaria muito feliz. Ou então, todas as aulas poderiam ser provas '-' enfim.
Voltei pra casa. Me deprimi no chocolate e nos textos(tão particulares que foram escritos no papel mesmo).

Sim, falta um dia e algumas horas pro meu aniversário,rs. E sim, acho que será um dia normal,rs. Mas será o MEU dia normal dessa vez. Intimamente estarei feliz. Dessa vez já vou ter aceitado o verdadeiro sentido de um aniversário.
Bom, dia 14 eu vou postar aqui. Tenho algumas coisas a falar,rs.
Enquanto isso... Continuarei esperando a ligação interurbana do Ed, o desenho do Luiz, a visita da Annie e o ATESTADO DE COMPARECIMENTO médico da amiga mais linda do mundo( PSIU, NÃO CONTEM PRA NINGUÉM ). MUAHAHAHA. Ninguém manda vocês alimentarem minhas expectativas com coisas tão bonitas e significativas. '-'

Enfim. Estou indo dormir. Prometi a mim mesma que iria dormir todos os dias até 22 hrs. Estou 7 minutos atrasada.

Beijos. Beijos.
Beijo enorme pro Ed, que é o amigo lindo que eu queria muito que morasse na minha rua pra eu ter sempre os conselhos dele,rs. Ao mesmo tempo ele é muito chato as vezes. Brincadeirinha. TCHAU.


PS: hoje é dia do OBSTETRA.
PS²: AMANHÃ É DIA DO BEIJO E DIA DOS JOVENS. rs x)

As janelas.

Um quarto escuro. Todas as cores sumiam com a ausência de luz. Nesse quarto, haviam 6 janelas. E por entre todas as janelas, haviam portas grandes e feias. Muito feias. Essas portas, sempre me atormentaram muito. Elas me impediam de abrir as janelas, e escondiam as cores que eu sabia que existiam logo alí, atrás de uma janela grande, que escondiam muitas cores que me fariam feliz, que me fariam eu mesma, só que um tanto mais espontânea e sincera com os meus sorrisos.
As portas se fecham sempre quando quero passar. Batem forte suas asas, e me prendem mesmo, sem exageros. Luto muito. Com as forças que não tenho e ainda pego forças emprestadas. E então, paro frente á uma janela. Mas percebo que a janela não está virada pra mim, não sorri pra mim, não me comprimenta, mas me enxerga, apenas. Sim. A janela me chamou um dia desses. Me convidou para abri-la(não com essas palavras). Com a minha explosão de felicidade, nem percebi que havia a possibilidade das janelas terem trancas, ou simplesmente, de mais uma vez, as jenelas não quererem ser abertas por mim, uma simples menina que nunca soube abrir janelas. Nunca mesmo. Talvez nunca tenha pensado em abrir o seu mundo tão cinza desde sempre, para encontrar um mundo com tantas novas cores assim. Parecia muito arriscado. Uma menina, que já viveu tantas coisas que não tinham cor alguma...Agora, pensando em arriscar tudo pra ter uma unica cor?
Então...percebo que as janelas me olham, rapidamente. E logo, continuam olhando pra uma das PORTAS feias e assustadores que mais uma vez, me impedem de descobrir as cores, as minhas cores.
Sim. Eu já não ligo mais pras portas. Elas me parecem mais fracas que a menina, agora. Mas e as janelas? Elas continuam indiferentes. Elas continuam ali. Ali. Ali. Ali. Ali. Ali. Ali. Ali. Ali. Ali. LÁ. LÁ LONGE.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A nossa canção

Não posso tentar esconder do meu coração, aquilo que pra ele, é falado em forma de canção. Essa canção não dorme, essa canção não descansa, essa canção não acaba, essa canção não reclama, essa canção não pode ser tocada e nem escutada por qualquer coração. Mas sim! O meu coração a escutou, bem de perto. E agora essa canção está sempre tocando. Não importa o lugar, não importa com quem e muito menos quando. A canção apenas toca. E a canção sempre me diz o nome de um único alguém, que tem simplesmente, habitado o meu coração e me deixado boas sensações.
Já se tornou um ritual. O meu ritual. A canção está dentro de mim sempre, todos os dias e todas as horas. Então...Todos os dias antes de dormir, me pego em um ritual meu, eu penso naquela canção. Fecho os olhos, que estavam cansados de um dia tão corrido, e me lembro daquela canção. Incrivelmente fico leve, e forço meu coração, pra lembrar de todos os momentos antigos, que pra mim são como as partes bonitas dos filmes, do meu filme agora. Acabo dormindo. E quando acordo, todos os dias, simplesmente dou continuidade ao que dormi pensando...E mais uma vez chega a hora de dormir. Mas não consigo. Não quero! Prefiro desenha-lo em minha mente, prefiro tentar imaginar os tons de sua voz, prefiro imaginar o seu sorriso calmo. Eu não preciso dormir. Não posso interromper o meu coração agora. Não posso. Não agora que você também consegue escutar a mesma canção, junto com o meu coração.



ps: Tenho estado mais "intensa" do que sempre. :/ DE NOVO. Se alguém ao menos me entendesse. Desculpe aos que eu injustamente descontei toda essa "furia". Creio que amanhã ou depois, eu esteja diferente, não sei. Ah, tchau.
ps²: Hoje teve teatro e agora sim, estou empolgadissima com ele. Estava precisando disso. Me faz bem. Como dizem... Lá podemos nos esquecer do mundo real. Lá podemos fazer o que queremos, sem ser piada.
ps³: Minha nossa! E o que sinto, só tem aumentado a cada dia. Meu coração brilha. Meu coração tem brilhado muito. Não preciso mais disfarçar.

domingo, 4 de abril de 2010

"Explosão".

A explosão foi sútil. Silenciosa, intensa, sincera, muito esperada e inesperada. Sim, os ultimos são antônimos! Mas é que tenho esperado anciosamente por esta explosão. E por outro lado, foi uma explosão sem os "tic-tacs" que alertariam que algo ia explodir. Totalmente inesperado e explosivo.
Foi então que percebi que eu estava absolutamente lacônica por fora e extremamente prolixa por dentro(novamente os antônimos). Controlei minha vontade do abraço- que ainda não passou- e tentei entender o que aquilo significava.
As borboletas estão aqui, colorindo os meus pensamentos desde então. Por tanto tempo, fui o casulo que as guardou...No começo elas eram apenas os riscos, pequenos e meio grosseiros. Mas, algo as alimentou com coisas tão inexplicáveis, que elas foram se tornando tão puras, coloridas, incontroláveis e multiplicáveis. A cada dia, elas parecem crescer ou se multiplicar, não sei. Sei que não estava conseguindo as guardar muito bem, sem aparecer algumas asas coloridas, que eu rapidamente escondia. Mas...algo as chamou, e elas não quiseram obedecer quando pedi pra que ficassem em silêncio. Houve a explosão. Grande explosão. Mas essa explosão me fez bem, está me fazendo bem. Elas disseram o quanto queriam se tornar reais, por tanto tempo. Ainda não sei. Ainda não sei o nome disso, e nem sei descrever de forma clara o que quero dizer com o "isso". Mas, não é mais uma confusão dentro de mim, não. Sei bem o que quero. Muito bem. Só não sei descrever o porquê, o pra quê... O motivo de desta vez, apenas dessa vez, mesmo com todas as coisas que poderiam ser um problema, eu simplesmente não me importar.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

MEU arco-íris.




Todos os sorrisos haviam se escondido, atrás de faces mortas e cinzas. Procurei pelas cores que ontem me alegravam, e não as encontrei. Há tempos, algo as roubava de mim. Mas porquê roubariam as MINHAS cores, e esconderiam dos meus olhos?! Para esconderem também os meus sorrisos?! Mas quem seria tão atrevido assim? Me roubaram as cores preferidas, e jogaram dentro de um baú...sem piedade. Passei o dia inteiro pensando nisso. Angustiada, pensando no tamanho da maldade que me haviam cometido. Quando abri a janela do meu quarto...Estavam ali. Estavam ali, todas as minhas cores. Todas as cores que eu havia perdido. O arco-íris resolveu alegrar outras pessoas, com as minhas cores. Talvez eu tenha sido um pouco egoísta, ou muito egoísta. Poderemos compartilhar o mesmo motivo dos sorrisos verdadeiros. OBRIGADA PELA PERFEIÇÃO! OBRIGADA!

ps: aham, eu tirei a foto, pela janela do meu quarto. *-*
ps²: Queria agradecer mais uma vez, a todos os comentários e a todas as pessoas que tem seguido o blog *-* Obrigada meeeesmo!^^ E obrigada ao Guilherme Martins, que disse que o post anterior foi genial^^ E, suas visitas serão bem vindas, tá?