Vez ou outra fico pensando na vida. Na verdade, quase sempre fico pensando na vida. Até mesmo quando penso que não estou pensando na vida. Respiro vida, durmo vida, sorrio vida, choro vida, beijo vida, abraço vida, converso vida e vivo vida.
Dia desses, em um desses momentos em que pensei vida, fiquei pensando nos encontros, reencontros e desencontros. Acontece que são tão unidas ou "des". É tão sensível a linha que separa os três.
Os corações se desconhecem, se esbarram, se olham de mansinho, se gostam e se encontram. Alguns se perdem em outros e se desencontram. Outros se desencontram e depois, mais amadurecidos, se reencontram. E tem aqueles que se encontram um dentro do outro e nunca mais se desencontram fora. E pra tudo isso acontecer, na maioria das vezes, é necessário um simples olhar acolhedor ou uma amarga palavra de despedida. É necessário um ato, as vezes até pequeno, que vai mudar o espetáculo inteiro. E o mistério é nunca sabermos a palavrinha mágica para encontrar o mágico e conseguir fazer com que ele nunca se desencontre de nós. Aí é pura sorte, acaso ou destino... Ou puro mistério.