segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ei, moço.


Ei! Senta aqui comigo,
que eu também não quero ouvir ninguém agora.
Preciso de um abrigo silencioso e secreto,
onde tudo que desejo está perto.
Onde nada soe tão falso,
como todas as coisas que já passaram por este banco.

Ei! Pode encostar a cabeça nos meus ombros.
Tentarei não me mexer muito.
Se puder, olhe calorosamente nos meus olhos.
E se não for pedir tanto,
quando eu lhe pedir um abraço longo,
não me olhe com tanto espanto, não!
Apenas segure as minhas mãos frias,
e me ajude a sair da solidão.

Ei! Pode também, deitar a cabeça no meu colo.
Não me importo!
Pra falar a verdade, até gosto.
Talvez assim,
eu me sinta bem, para lhe dizer tudo aquilo,
que você já sabe.

Ei! Me tira daqui, agora.
Eu não me importaria em desaparecer por algumas horas.
Me leva pra onde eu consiga respirar melhor.
Onde o ar não seja tão abafado assim.
Onde as gentilezas não sejam apenas uma obrigação.
E sim, apenas puro afeto, e nada mais.

Ei! Você está sumindo como todos sumiram.
Ei! Pra onde você está indo??
Ei! Este banco sempre esteve vázio?
Ei! Ei! Ei! Ei...

Um comentário:

putz disse...

puxa!
Você mesmo q escreve todos esses poemas e textos?

Lindos, ouvi dizer que aquilo que tanto desejamos possuir, sempre inspira o que
escrevemos.

Não sei quem você é, mas, O.o... D+!

flw =)