segunda-feira, 1 de outubro de 2012

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"Ela estava ali, presa dentro de si. Observando o mundo de fora como quem observa as ruas sentada da janela do carro. Tudo passava tão rápido, mas apesar disso, algumas coisas conseguiam permanecer. Os sorrisos que conseguiam penetrar, as lágrimas que conseguiam ensinar e os corações que sutilmente pareciam tão dispostos a cuidar. Outras coisas lhe tiravam o sono e a tranquilidade de ficar alguns segundos sem pensar em nada... Descansando de si mesma. Passava horas, dias e meses se perguntando sobre os dois lados de uma mesma história - e os conflitos vinham quando ela se via ali, encontrando argumentos para defender e para acusar uma mesma causa. Ou quando ela mesma não sabia qual lado era. Ela estava ali, presa dentro de si, apesar de sentir o gosto e o cheiro de liberdade. Parece que quanto mais ia pra dentro, mais a vontade de florescer gritava. E aí é que ela começava a agir. Aí que a borboleta começava a colorir suas asas, para voar colorida pela vida. Para saber pegar a cor mais bonita e pincelar as asinhas de quem ainda também não aprendeu a voar." (Laís S. Mota)

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