sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Sobre o amor/1
Adormeceu. Já não havia mais sentido para ficar tão acordada. Tão fixada naqueles olhos e naqueles braços tão aconchegantes. Correu e deitou-se ali. Deitou-se no abraço cor de mel com gosto de vermelho. E percebeu que já estava trocando tudo. Na verdade, só queria entrar em sintonia. Tocar no amor e sonhar por horas, sem interrupções. Sim, tocar no amor. Foi exatamente isso que eu disse. Ao longo de toda a nossa vida, sempre existem milhões de pessoas que insistem em dizer que o amor é abstrato, que não se explica, que não isso e não aquilo. Mas ela podia sim tocar o amor. E quando teve essa descoberta, quis adormecer nos braços do amor. Eram braços confortáveis, que faziam com que ela esquecesse tudo o que não derivasse do amor. Foi descobrindo o amor aos poucos. Foi deixando aquela proibição de explicar o amor de lado. O amor era engraçado, paciente, seguro, tranquilo, agradável, amigo, alto, olhos castanhos, forte e com um coração gigante. O amor era de carne e osso. Foi quando percebeu que existem mais de 6 bilhões de amores. Nenhum igual ao outro. Mas a gente pode tocar em cada um deles, com ternura, afeto e todo aquele sentimentalismo importante e nada bobo. O que não pode ser descrito no amor é o tamanho, é o limite, é a dimensão. Porque isso não existe pra ele.
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5 comentários:
Haha...o amor tem olhos castanhos?
8^)
jeft.
lindo post, parabéns!
estou te seguindo, me segue tb?
http://dflorensa.blogspot.com/
beijos flor, boa noite.
Será que eu ainda posso comentar aqui? rs
Bonito o texto. Na verdade tudo que se fala do amor é bonito na essência :D
Abrço Lais \o/
Lais, incrível o modo como usa as palavras. Sua narrativa segue flui naturalmente e com muita suavidade. Ótímo texto. Virei seu fã.
Atenciosamente,
Marco Antônio Marques
Fazia tempo que não lia nada daqui, e é bom saber que ainda me delicio com seus textos. Super leves e com uma escolha de palavras impecável.
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