terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Eu te aceito assim.



As vezes não é preciso apenas sermos nós, e só. Sermos o que somos, faz parte da boa convivência com a nossa essência acima de tudo. Não tentar esconder aquilo que sempre vem á tona, que vem como um efeito boomerangue. Não pensar o que as outras mentes tentam faze-lo pensar. Não ser manipulável. Não deixar que o medo sufoque todos os sonhos que tentam faze-lo sair do chão, e ir além. Além de tudo isso que chamam de mundo, além de tudo isso que dizem ser o unico lugar habitável, além daquela manhã cinza que veio acompanhada de um café amargo e ausência de desejos de bom dia.
Estar bem com o intimo, com o seu intimo, nem sempre é fácil. Sei lá. É como se existissem vários de nós, disputando por um pouco de atenção. Entra um de nós, faz uma bela apresentação. Entra outro, e acaba assustando a platéia. O outro, tira boas risadas. E vem outro pra fazer alguns chorar. E nem sempre é fácil ser tantos, sendo apenas um. E pra te entenderem então?! Nossa, quanta complicação. Talvez ser o que somos, seja apenas isso! Aceitar que estamos em mudança, que temos várias opiniões, que temos vários "eus". É aceitar que somos muitos em um só, mas que somos muitos de nós mesmos. Não somos muitos de outras pessoas, e que outras pessoas também são muitos delas.
E então vem a convivência com os outros! E pra isso, não basta apenas estarmos bem com nós mesmos. Muitas vezes a convivência com o outro, exige um pensamento menos egoísta, exige que saiamos do nosso casulo, e que aceitemos o outro, tal como ele é.
Nunca pensei que o amor, a amizade ou um simples sorriso de colega, tivesse o direito de querer que aquele alguém fosse tal como eu pedir. Então, aquele alguém deixaria de ser o alguém que eu conheci, e ele não seria mais suficiente. Eu diria que estar bem com o outro, exige que ele esteja bem com ele, e que nós estejamos bem conosco.
Amar não é ter a mesma visão que o outro sobre a vida. Não é ter a obrigatoriedade de ter os mesmos gostos musicais. Não é não gostar das mesmas coisas. Não é vestir as mesmas roupas, e odiar a mesma cor. Amar não é fazer com que alguém seja o que você sempre quis. É simplesmente, fazer do que você sempre quis, aquele alguém. Aceitar que aquele alguém é aquele alguém, e só. Será que isso não bastaria?
Ontem um amigo me disse que eu sou bipolar. E eu me desculpei por algumas vezes ser nervosa, e trata-lo um pouco mal. E ele me disse: Eu conheci você assim, e eu gosto de você assim! Me surpreendeu muito a resposta dele. É extremamente dificil ver alguém que te aceite da forma que tu és. Que veja que tens mil defeitos, e mesmo assim os aceite, e que não exija que tu mude nem o jeito de pronunciar uma palavra, ou o jeito que você o chama.
Relacionar-se consiste em aceitar, que ninguém deve pensar do mesmo jeito que você, ter a mesma opinião que você, ter os mesmos defeitos e as mesmas qualidades. Relacionar-se exije que saibas, que nenhuma saliva é igual a outra, e nenhuma impressão digital tem os mesmos riscos que outra!

Um comentário:

Jesseeee \0/ disse...

amor é reconhecer sua natureza e, diante das pessoas que te trataram injustamente, dizer: me perdoe..
é assumir a culpa quando não foi você o culpado;
amar é ter a convicção de saber quem você é, de onde veio, saber pra onde vai e, se for pra um lugar muito, mas muito bom, fazer de tudo para levar o máximo de pessoas com você, fazendo questão de ceder o seu lugar para mais um ir também.

amar o outro como você se ama, a princípio parece contraditório e tosco.
mas quando praticado, você percebe no começo que você não se ama e começa a mudar a postura.

"o que vale a pena ser feito, vale a pena ser bem feito" (Nicolas Poussin).

será que conseguimos, com nossa mente finita, imaginar algo tão grandioso acontecendo ao mesmo tempo com bilhões de pessoas??

quero mais outro doce (se for de amendoim, melhor ainda!)

Baisers!!! (bendito google tradutor!!! agora eu sei o que significa baiser.. yes!!!)

Jesseee