quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vontades.

Queria o silêncio da alma,
um pouco de calma,
ou apenas ter a certeza de que realmente respiro.

Queria não me incomodar com o barulho dos carros,
com o tremor dos raios,
ou com as cruéis palavras dos amargurados.

Quem sabe nunca precisar sentir,
a angustia de quem não sabe sorrir,
ou a tristeza dos que não vivem.

Conhecer o infinito,
e saber que o mais bonito,
vai além do que se pode ser visto.

Mas como fugir desse chão,
se até o barulho de uma agulha caindo no colchão,
se até o barulho da mordida na maçã da paixão,
te faz entrar em uma tremenda agonia!

Se até a bicicleta do vizinho,
te faz lembrar de tanta tecnologia!
Se até a falsidade do outro,
pode ser chamada de carinho...

Um comentário:

Heinz disse...

Não é só vontade
Que eu garanto ter
Chega a ser um desejo,
De escrever como você!

Juro que já tentei
Ouvir o coração bater, o sangue pulsar
E todos esses métodos
Que vocês usam recomendar

Mas a verdade eu já sei,
O esforço não é mais que uma habilidade
Que concorre com meu valor
E, com certeza, com minha capacidade.

Se fosse verdade real
Um dogma como a morte
Haveria menos corações rotos
Se todos domassem essa sorte

Como você, eu tenho amor
Também bastante experiência
Aprendi com a dor
O preço de desejar inocência.

Trecho de: "Vontade de Inocência x Desejo de Experiência",
Por Henrique Leto em "The Life und The Magic – Contos, cáp.4 pág. 16”